Macron chega ao Cairo para cúpula com Egito e Jordânia sobre Gaza

O presidente francês, Emmanuel Macron, chegou ao Egito na noite de domingo (6) para uma visita de 48 horas focada principalmente na guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. Na segunda-feira, o líder francês participará de uma cúpula tripartite com os dirigentes do Egito e da Jordânia, enquanto o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, estará em Washington para conversas com seu principal aliado, o presidente americano Donald Trump.


RFI

Após pousar no Cairo, a primeira atividade de Macron foi uma visita noturna privada ao Grande Museu Egípcio, que será inaugurado oficialmente em 3 de julho, mais de duas décadas após o lançamento do projeto. Localizado à sombra das Pirâmides de Gizé, a 18 km da capital egípcia, o novo museu deverá exibir 100.000 objetos históricos, incluindo o famoso tesouro de Tutancâmon.

Macron chega ao Cairo para cúpula com Egito e Jordânia sobre Gaza © AP - Geert Vanden Wijngaert

Na manhã de segunda-feira (7), o líder francês se encontrará com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, antes da cúpula tripartite ao meio-dia, que contará com a presença do Rei Abdullah II, da Jordânia.

"A situação em Gaza será amplamente discutida", declarou o Palácio do Eliseu em um comunicado, "já que Egito e Jordânia são parceiros essenciais na resolução do conflito". Macron viajará na terça-feira (8) para a cidade de Arich, a 50 km do território palestino em guerra, para se reunir com autoridades humanitárias e de segurança.

Em 18 de março, após dois meses de uma trégua frágil entre o Hamas e Israel, o exército israelense retomou sua ofensiva militar aérea e terrestre na Faixa de Gaza. Desde então, mais de 1.300 palestinos já morreram, segundo fontes do Ministério da Saúde controlado pelo movimento islâmico.

Em um ano e meio de guerra, quase todos os 2,4 milhões de habitantes do enclave foram deslocados diversas vezes e vivem em condições terríveis. Com o rompimento da trégua, Israel voltou a bloquear a entrada de ajuda humanitária para a população de Gaza.

Ataques israelenses em Gaza

Novos bombardeios israelenses neste domingo em Gaza causaram a morte de pelo menos 44 pessoas, incluindo 21 vítimas em Khan Yunès (sul), segundo informou à AFP o porta-voz da Defesa Civil Palestina, Mahmoud Bassal.

Um dos ataques matou seis palestinos no bairro de Al-Touffah, na Cidade de Gaza (norte), onde um grupo de pessoas se reuniu perto de uma padaria, disse Bassal. Três crianças estavam entre os mortos, reportou o porta-voz.

Em uma declaração, o Hamas, que tomou o poder em Gaza em 2007, condenou o "assassinato deliberado de crianças" no território palestino devastado, que está sob cerco militar israelense há um ano e meio.

Projéteis disparados de Gaza

Na noite de domingo, o exército israelense relatou uma rara salva de cerca de dez projéteis disparados da Faixa de Gaza em direção a Israel no intervalo de poucos minutos. A maioria dos foguetes foram interceptados pelo escudo de defesa israelense. Alguns destroços caíram em Ashkelon (sul), deixando um homem ferido por estilhaços, de acordo com os serviços de emergência.

O ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro de 2023 resultou na morte de 1.218 pessoas do lado israelense, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais. Das 251 pessoas sequestradas pelo grupo extremista islâmico, 58 ainda estão detidas em Gaza, incluindo 34 mortos, segundo o exército.

Israel prometeu aniquilar o Hamas e lançou uma ofensiva devastadora em retaliação que deixou pelo menos 50.695 mortos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde controlado pelo Hamas, mas que a ONU considera confiáveis.

A guerra em Gaza deve ser um dos temas na agenda de conversas do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que estará em visita aos Estados Unidos, nesta segunda-feira, e se reunirá, na Casa Branca, com o presidente Donald Trump, seu principal aliado.

Com informações da AFP

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