Aviões de guerra israelenses realizaram uma série de atentados contra antigos postos do exército sírio perto de Damasco e na província de Daraa.
HispanTV
Esses ataques fazem parte de uma recente escalada de operações contra a infraestrutura militar do país levantino, que se intensificou após a queda do governo de Bashar al-Assad.
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Chamas e fumaça sobem de um local na Síria após um bombardeio israelense, em 11 de março de 2025 |
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR), pelo menos três civis foram mortos e mais de uma dúzia ficaram feridos durante a noite de segunda-feira, quando uma série de ataques aéreos atingiu instalações militares em Daraa. Este grupo de monitoramento, com sede no Reino Unido, detalhou que vários dos ataques se concentraram na 132ª Brigada, localizada no bairro de Daraa al-Mahatta.
Após o bombardeio, nuvens de fumaça e chamas subiram ao céu, enquanto equipes de médicos e bombeiros se deslocaram rapidamente para a área para prestar assistência aos afetados e controlar os incêndios.
Além disso, caças israelenses atacaram o 175º Regimento na cidade de Izraa, ao norte da cidade de Daraa. Em um comunicado, o exército israelense justificou essas ações afirmando que eram uma série de ataques aéreos no sul da Síria visando "alvos militares" pertencentes ao antigo exército sírio. De acordo com o mesmo comunicado, os aviões bombardearam centros de comando e locais militares onde armas e veículos militares estavam armazenados.
Horas depois, aviões de guerra israelenses lançaram novos ataques contra vários alvos perto da cidade de Al-Kiswah, localizada a cerca de 13 quilômetros ao sul de Damasco, capital síria.
Até agora, nenhum detalhe foi relatado sobre possíveis vítimas ou a extensão dos danos causados nesses últimos atentados. Esses incidentes ocorrem em um cenário de instabilidade na região, marcado pela derrubada do governo de Al-Assad em 8 de dezembro de 2024 nas mãos de facções militantes lideradas pela gangue Hayat Tahrir al-Sham.
Israel tem sido alvo de fortes críticas internacionais por quebrar o acordo de cessar-fogo assinado com a Síria em 1974, bem como por aproveitar o caos criado após a queda de Assad para expandir seu controle sobre o território sírio.
A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou repetidamente os contínuos ataques israelenses dentro do território sírio, bem como as violações na zona tampão estabelecida como parte do acordo de cessar-fogo de 1974 com Damasco. Essas ações, segundo a ONU, não apenas agravam a situação humanitária na região, mas também minam os esforços para alcançar uma solução pacífica para o conflito.