Construção das fragatas classe Tamandaré avança no Estaleiro Brasil Sul; navios modernizam a frota da Marinha e fortalecem a indústria naval do Brasil

Primeira fragata já está em fase de comissionamento; terceira unidade começou a ser construída em 2024. Projeto prevê entrega de quatro navios até 2029, com transferência de tecnologia, geração de empregos e fortalecimento da indústria naval nacional.


Bruno Teles | Naval Porto Estaleiro

A construção das fragatas da classe Tamandaré, principal programa de renovação da frota da Marinha do Brasil, segue em ritmo acelerado no Estaleiro Brasil Sul, em Itajaí (SC). A primeira embarcação da série, batizada de Fragata Tamandaré (F-200), foi lançada ao mar em agosto de 2024 e atualmente passa pelo processo de comissionamento dos sistemas de combate e navegação. A informação foi publicada inicialmente pelo portal Portos e Navios e confirmada por fontes oficiais da Marinha e do consórcio Águas Azuis.

A construção das fragatas da classe Tamandaré no Estaleiro Brasil Sul, em Itajaí (SC), avança significativamente, marcando um passo crucial na modernização da Marinha do Brasil.

Além da Tamandaré, outras duas unidades já estão em construção, com previsão de entrega até 2028. O programa prevê a construção de quatro navios no total até 2029, sendo considerado um marco para a soberania nacional e para o fortalecimento da indústria naval brasileira.

Programa de Fragatas Classe Tamandaré: objetivos e estrutura

O Programa de Fragatas Classe Tamandaré (PFCT) é coordenado pela Marinha do Brasil por meio da EMGEPRON (Empresa Gerencial de Projetos Navais), em parceria com o consórcio Águas Azuis, formado pela ThyssenKrupp Marine Systems (TKMS) e a Embraer Defesa & Segurança. O projeto é baseado na plataforma alemã MEKO A100, adaptada às necessidades estratégicas da Marinha brasileira.

O principal objetivo é substituir as fragatas da classe Niterói, que estão em operação desde a década de 1970. Com as novas embarcações, o Brasil busca ampliar sua capacidade de defesa marítima, vigilância da Amazônia Azul e atuação em operações de patrulhamento oceânico e missões internacionais.

Segundo a própria Marinha, o programa representa uma transferência de tecnologia inédita, com mais de 30 empresas nacionais envolvidas diretamente no processo de construção e fornecimento de sistemas.

Linha do tempo e construção das unidades

A Fragata Tamandaré, primeira da série, foi lançada ao mar em agosto de 2024 e deve ser entregue em 2025, após os testes de mar e finalização dos sistemas embarcados. Em junho de 2024, o consórcio realizou o batimento de quilha da segunda fragata, a Jerônimo de Albuquerque (F-201), cuja entrega está prevista para 2027, conforme dados da Agência Marinha.

Já a Cunha Moreira (F-202), terceira fragata da classe, teve sua construção iniciada em novembro de 2024, com previsão de lançamento em 2027 e entrega em 2028, segundo publicou o site especializado Zona Militar. A quarta e última unidade será a Mariz e Barros (F-203), com expectativa de conclusão em 2029.

Todas as etapas estão sendo conduzidas em território nacional, com supervisão da Marinha e sob rígido controle técnico, conforme relatado pela Portos e Navios e pela própria EMGEPRON.


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