Uma fonte do Ministério das Relações Exteriores da Somália enfatiza que seu país nunca aceitará o deslocamento de palestinos de Gaza para Puntland e Somalilândia.
HispanTV
O discurso do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o deslocamento de palestinos da Faixa de Gaza e as alegações da mídia israelense de que o magnata está considerando realocar residentes de Gaza para o Marrocos e os territórios autônomos de Puntland e Somalilândia desencadearam uma onda de denúncias e raiva de países muçulmanos.
![]() |
Os ataques indiscriminados de Israel forçaram o deslocamento de milhões de palestinos na Faixa de Gaza. (Foto: AP) |
Em entrevista ao jornal Al-Araby Al-Jadeed, uma fonte do Ministério das Relações Exteriores da Somália confirmou que seu país não aceitará, em hipótese alguma, o deslocamento de palestinos de Gaza e não fará parte da política de deslocamento que Washington planeja para os palestinos.
Enfatizando que o que está circulando atualmente é propaganda promovida pela mídia israelense, ele explicou que o governo federal não está disposto a comentar as notícias sobre o deslocamento de palestinos.
Ele também explicou que o Ministério das Relações Exteriores da Somália comentará esta notícia, se Washington emitir declarações oficiais sobre o deslocamento de palestinos de Gaza para áreas de Puntland ou Somalilândia, que são partes de seu país.
Por sua vez, o vice-ministro da Informação do Estado Federal de Puntland, Yaqub Mohamed Abdulahi, comentou em um comunicado à mídia local que "Puntland está localizada no Chifre da África, enquanto Gaza está na Ásia Ocidental, e não vejo uma razão lógica para deslocar o povo de Gaza para uma área que eles não escolheram".
Os planos de Trump para a Faixa de Gaza dispararam alarmes na comunidade internacional. Rússia, China, Turquia, União Europeia (UE), Irã, Arábia Saudita e Iraque, entre outros países, se opuseram categoricamente ao plano de Trump, chamando-o de limpeza étnica.
Tags
África
Arábia Saudita
Ásia
China
EUA
Faixa de Gaza
Irã
Iraque
Israel
Marrocos
Oriente Médio
Palestina
Rússia
Somália
Turquia
União Europeia UE