Cinco ministros das Relações Exteriores árabes e uma alta autoridade palestina enviaram uma carta conjunta ao secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, opondo-se aos planos de deslocar os palestinos de Gaza conforme sugerido pelo presidente Donald Trump no final de janeiro.
Por Kanishka Singh | Reuters
WASHINGTON - A carta enviada nesta segunda-feira é assinada pelos ministros das Relações Exteriores da Jordânia, Egito, Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos, além do conselheiro presidencial palestino Hussein al-Sheikh. A notícia foi divulgada primeiramente pela Axios, dizendo que os principais diplomatas se reuniram no Cairo no fim de semana.
Destruição em Rafah, sul de Gaza 20/1/2025 REUTERS/Hatem Khaled |
Trump apresentou pela primeira vez a sugestão de que a Jordânia e o Egito recebam palestinos de Gaza em 25 de janeiro. Questionado se estava sugerindo isso como uma solução de longo ou curto prazo, o presidente disse: "Pode ser qualquer uma das duas".
Os comentários do presidente dos EUA ecoaram os temores palestinos de longa data de serem permanentemente expulsos de suas casas e foram rotulados como uma proposta de limpeza étnica pelos críticos. A Jordânia, o Egito e outras nações árabes se opuseram à proposta.
"A reconstrução em Gaza deve ser feita por meio do envolvimento direto e da participação do povo de Gaza. Os palestinos viverão em sua terra e ajudarão a reconstruí-la", diz a carta.
"E eles não devem ser destituídos de seu poder de ação durante a reconstrução, pois devem se apropriar do processo com o apoio da comunidade internacional."
O ataque militar de Israel em Gaza matou mais de 47.000 palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, e levou a acusações de genocídio e crimes de guerra, que Israel nega.
Atualmente, os combates foram interrompidos em meio a um frágil cessar-fogo.
O mais recente derramamento de sangue no conflito israelense-palestino, que já dura décadas, foi desencadeado em 7 de outubro de 2023, quando militantes palestinos do Hamas atacaram Israel, matando 1.200 pessoas e fizeram cerca de 250 reféns, segundo os registros israelenses.
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