Premiê eslovaco acusa Ucrânia de interferir para desestabilizar o país

Em meio a uma onda de protestos de manifestantes europeístas, o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, revelou que um terço desses manifestantes são ucranianos.


Sputnik

Na sexta-feira (24), uma onda de protestos antigoverno eclodiram em mais de 20 cidades eslovacas. Sob o slogan "A Eslováquia é Europeia", os protestos foram organizados por uma organização pró-Ucrânia, e o político ucraniano Vladimir Zelensky compartilhou imagens dos manifestantes em Bratislava em sua conta no X.

Robert Fico © AP Photo / David W. Cerny

A imagem foi postada inicialmente por Juraj Rizman, parceiro da ex-presidente eslovaca Zuzana Caputova. Na legenda, Zelensky disse que "Bratislava não é Moscou. A Eslováquia é a Europa".

"É ridículo quando ouço que o presidente ucraniano está compartilhando postagens do Sr. Rizman, o parceiro da Sra. Caputova, enquanto repórteres ucranianos vão a protestos onde um terço [dos participantes] são ucranianos falando contra o governo eslovaco", disse o premiê à mídia televisiva.

Dessa forma, a televisão ucraniana está apresentando histórias sobre a insatisfação entre os ucranianos que vivem na Eslováquia, acrescentou Fico.

A esse respeito, uma lista de instrutores estrangeiros que trabalharam para desestabilizar a situação na Eslováquia está sendo preparada para expulsão, disse o primeiro-ministro.

"Uma lista de pessoas que serão expulsas da Eslováquia está sendo elaborada agora. Isso acontecerá nos próximos dias", disse Fico.

O premiê também chamou o comentário de Zelensky sobre os protestos da Eslováquia de "interferência absolutamente inadequada em assuntos internos".

Na quarta-feira (22), Fico disse que há especialistas estrangeiros ativos na Eslováquia que estavam envolvidos em protestos na Geórgia e na Ucrânia. O primeiro-ministro alertou que os protestos podem levar a tentativas de ocupar prédios governamentais e derrubar seu governo.

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