"É claro que as ações hostis de Washington não ficarão sem resposta e serão levadas em consideração durante o cálculo de nossa estratégia econômica externa", disse o ministério
TASS
MOSCOU - As ações hostis dos Estados Unidos não serão deixadas sem resposta e serão levadas em consideração durante o cálculo da estratégia econômica externa da Rússia, disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia em seu comunicado em relação às novas sanções anti-russas dos EUA.
 |
| Ministério das Relações Exteriores da Rússia © Sergei Bulkin / TASS |
O ministério apontou que a decisão do governo dos EUA de impor medidas restritivas contra o setor de energia russo em geral e várias grandes empresas, incluindo sanções pessoais contra sua liderança, bem como funcionários do Ministério da Energia da Rússia "é uma tentativa de infligir pelo menos alguns danos à economia russa, mesmo ao custo de desestabilizar os mercados globais antes do final do mandato inglório do presidente Joe Biden".
"É claro que as ações hostis de Washington não serão deixadas sem resposta e serão levadas em consideração durante o cálculo de nossa estratégia econômica externa", disse o ministério. "Continuaremos a implementar os principais projetos de extração de petróleo e gás, bem como substituição de importações, prestação de serviços relacionados ao petróleo e construção de usinas nucleares em países terceiros."
O ministério destacou que a Rússia tem sido e continua sendo um ator chave e confiável no mercado global de combustíveis, "apesar das convulsões na Casa Branca e das maquinações do lobby russofóbico no Ocidente, que busca puxar o setor energético global para a guerra híbrida, que os EUA iniciaram contra a Rússia".
O ministério ressaltou que, em meio ao "fracasso da tentativa de Washington sobre a derrota estratégica de Moscou e a pressão das sanções, que deveriam minar a economia russa, que não apenas sobreviveu e continua a se desenvolver apesar da pressão econômica externa sem precedentes, os esforços da equipe da Casa Branca cessante visam complicar ou obstruir quaisquer laços econômicos bilaterais, inclusive para os negócios americanos".
O ministério acrescentou que esse processo sacrifica os interesses dos aliados europeus dos EUA, que precisam mudar para as entregas americanas mais caras e irregulares, bem como os interesses de seu próprio povo, atualmente sofrendo com os grandes incêndios florestais na Califórnia, cuja opinião sobre o aumento do preço dos combustíveis, que permaneceu relevante antes das eleições, agora pode ser completamente ignorada.
"Portanto, o próximo presidente, que não pode retirar as sanções acima mencionadas sem a aprovação do Congresso, herdará a terra arrasada - literal e figurativamente", acrescentou o ministério.