Mais de 1.700 soldados da recém-formada 155ª Brigada Mecanizada da Ucrânia, treinada e equipada com grande alarde na França, desertaram antes de chegar ao front, de acordo com o jornalista ucraniano Yuri Butusov.
Sputnik
Em outubro, a mídia ucraniana relatou que, desde o início de 2022, o gabinete do procurador-geral da Ucrânia registrou cerca de 60.000 casos criminais de abandono não autorizado de uma unidade e cerca de 30.000 casos de deserção.
 |
| © AP Photo / Oleg Petrasiuk |
O presidente francês Emmanuel Macron anunciou orgulhosamente o projeto de "elite" ao lado de Vladimir Zelensky em junho passado. A brigada deveria ter mais de 5.800 soldados e ser equipada com tanques Leopard e obuseiros franceses Caesar de 155 mm. No entanto, pelo menos 50 membros da unidade, também conhecida como Anne de Kiev, já estavam ausentes durante os exercícios na França, escreveu Butusov nas redes sociais.
Quando a brigada foi finalmente enviada para a linha de frente perto de Pokrovsk (Krasnoarmeisk), ela nem tinha drones.
"Como resultado, os novos tanques Leopard 2A4 e veículos blindados VAB sofreram perdas durante as primeiras tentativas de usá-los", de acordo com Butusov. Ainda segundo ele, "os militares da brigada se tornaram reféns do projeto de relações públicas de Zelensky, que as autoridades não fizeram nenhum esforço para realmente implementar com competência".
Entre janeiro e outubro de 2024, promotores ucranianos abriram 60.000 casos contra soldados que abandonaram suas posições — quase o dobro em comparação com 2022 e 2023 juntos.
Os remanescentes da brigada teriam sido realocados para outras unidades, com o Escritório Estatal de Investigação da Ucrânia (SBI) da Ucrânia confirmando a mídia fancesa que havia aberto um processo criminal sobre as circunstâncias da formação da 155ª Brigada Mecanizada.
O caso está sendo investigado sob "artigos de abuso de autoridade e deserção", disse a conselheira de Comunicações do SBI, Tаtiana Sapyan.