Embaixador de Israel em Lisboa diz que imagens da crise humanitária em Gaza são "propaganda do Hamas" (VIDEO)

O Embaixador de Israel em Portugal, Oren Rosenblat, esteve este sábado na SIC Notícias a falar sobre o cessar-fogo anunciado entre Israel e o Hamas e os desafios que a guerra continua a representar para Israel.


SIC Notícias

Em entrevista à SIC Notícias, o embaixador de Israel em Portugal disse que, até agora, Israel não tem acesso à lista de reféns a serem libertados no domingo pelo Hamas e afirmou que os reféns israelitas não são comparáveis aos presos palestinianos, que chama de "terroristas".

Oren Rosenblat

O embaixador israelita, quando questionado sobre a possibilidade de colocar um ponto final na guerra na Faixa da Gaza, declarou que só será alcançado um acordo quando Gaza tiver um governo disposto a viver em paz com Israel e todos os reféns, "incluindo os portugueses", forem resgatados.

Oren Rosenblat afirmou que, apesar de divergências dentro do governo e entre a população israelita, o objetivo de eliminar o Hamas é prioritário, para evitar que ataques como os do dia 7 de outubro se repitam. O embaixador apontou o ataque do Hamas a um festival de música em Israel como a razão principal do conflito atual.

O embaixador também falou sobre as imagens divulgadas sobre a situação humanitária em Gaza, alegando que algumas delas fazem parte de uma "campanha de propaganda do Hamas". Segundo refere, há camiões com alimentos a entrar diariamente na Faixa de Gaza.

A guerra, que entrou este sábado no 470.º dia, fez até agora na Faixa de Gaza pelo menos 46.899 mortos (cerca de 2% da população), entre os quais quase 18.000 crianças, e 110.725 feridos, além de cerca de 11.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros, e mais alguns milhares que morreram de doenças e infeções, de acordo com números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.

Cerca de 90% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza viram-se obrigados a deslocar-se, muitos deles várias vezes, ao longo de mais de um ano de guerra, encontrando-se em acampamentos apinhados ao longo da costa, praticamente sem acesso a bens de primeira necessidade, como água potável e cuidados de saúde.

O enclave palestiniano está mergulhado numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer "o mais elevado número de vítimas alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

No final de 2024, uma comissão especial da ONU acusou Israel de genocídio na Faixa de Gaza e de utilizar a fome como arma de guerra, acusação refutada pelo Governo israelita, mas sem apresentar argumentos.


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