O presidente cessante dos EUA, Joe Biden, disse na quinta-feira que pediu ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, um cessar-fogo em Gaza quando foi longe demais no eixo da Filadélfia e destruiu hospitais.
Al Jazeera
Biden, que entrega o poder ao presidente eleito republicano Donald Trump na próxima segunda-feira, disse em entrevista à MSNBC que a coalizão de Netanyahu é difícil e representa o governo mais linha-dura da história de qualquer primeiro-ministro israelense, observando que Netanyahu não tem coragem de confrontar sua coalizão de governo, porque a coalizão pode votar amanhã para derrubá-lo.
 |
| Biden: Israel não será capaz de se sustentar a longo prazo sem acomodar a questão palestina |
Biden explicou que os túneis criados pelo Hamas são impressionantes, às vezes com até 20 metros de profundidade, e ninguém tinha ideia disso.
Biden exigiu que Netanyahu encontrasse uma maneira de acomodar as preocupações legítimas dos palestinos que não têm onde viver de forma independente para a sustentabilidade de longo prazo de Israel e disse que "Israel não será capaz de se sustentar a longo prazo sem acomodar a causa palestina".
Biden enfrentou críticas de muitos defensores dos direitos humanos por seu apoio militar e diplomático a Israel na guerra de extermínio na Faixa de Gaza, que matou dezenas de milhares de palestinos.
Biden às vezes criticou Netanyahu, mas manteve seu forte apoio ao aliado de Washington.
Washington disse na quinta-feira que espera que um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas entre em vigor no domingo.
John Kirby, coordenador de política estratégica do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, disse que o acordo de cessar-fogo em Gaza continua no caminho certo para começar a ser implementado até o final da semana.
Os Estados Unidos há décadas apoiam uma solução de dois Estados entre israelenses e palestinos, o que permitiria o estabelecimento de um Estado palestino na Cisjordânia e em Gaza, ao lado de Israel.
Netanyahu disse que Israel deveria ter controle de segurança sobre todo o território a oeste do rio Jordão, o que impediria o estabelecimento de um Estado palestino soberano.
A Corte Internacional de Justiça diz que a ocupação israelense de terras palestinas e a construção de assentamentos são ilegais.
Fonte: Reuters