Israel ataca instalação de mísseis iranianos na Síria em operação secreta

Israel invadiu uma instalação de mísseis iranianos na Síria em setembro, visando locais administrados pelo Ministério da Defesa sírio e pelas forças iranianas para impedir a produção de armas para o Hezbollah.

Por Yonah Jeremy Bob | The Jeruslem Post

Israel realizou um ataque de comando a uma instalação subterrânea de produção de mísseis iranianos perto da cidade de Maysaf, na Síria, no início de setembro, o Jerusalem Post soube no final de setembro, mas só foi autorizado a confirmar agora depois que a KAN News foi autorizada a divulgar oficialmente o IDF assumindo o crédito na noite de domingo.

Um míssil é lançado durante um exercício da marinha do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica (IRGC) no sul do Irã, nesta foto obtida em 17 de janeiro de 2023. | Reuters

A ocorrência de uma invasão, mas sem confirmação israelense, foi relatada pela primeira vez pela Axios em 12 de setembro, com o Post recebendo confirmação secreta logo depois, mas sem permissão para divulgar a informação.

Parece que as regras israelenses de censura e sigilo em relação às operações na Síria tornaram-se mais flexíveis, dado o enorme aumento nas operações da IDF na Síria desde a queda do regime de Assad.

Com a queda do regime, as autoridades de segurança da informação provavelmente veem qualquer ameaça de retaliação da Síria como estando em um nível de risco muito menor.

O ataque teve como alvo dois locais significativos, que eram o Centro de Estudos e Pesquisas Científicas da indústria de defesa síria e a instalação subterrânea de produção de mísseis administrada pela Guarda Revolucionária Islâmica do Irã.

Israel, que acompanhou a instalação por anos, informou os Estados Unidos sobre a operação com antecedência.

A IDF preparou seus planos operacionais depois de detectar que o Irã havia transferido componentes para um projeto de mísseis de precisão para a instalação. Israel então decidiu abordar a "ameaça crescente".

Preocupações com mísseis iranianos

Acredita-se que a decisão de realizar o ataque tenha sido influenciada por preocupações com a guerra em andamento, juntamente com o risco potencial de que a fábrica de mísseis iraniana comece a produzir mísseis em massa.

As armas acima mencionadas teriam a intenção de ser usadas como suprimento para o Hezbollah.

A operação ocorreu a aproximadamente 200 quilômetros do território israelense e foi considerada urgente para evitar que a instalação atingisse a capacidade total de produção.