O embaixador do Irã na ONU garante que Teerã "permanece firme em seu apoio ao governo sírio e seu povo em sua luta justa e determinada contra o terrorismo".
HispanTV
"O Irã reconhece e apoia plenamente o direito da soberania síria de combater e eliminar grupos terroristas como o Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que causam destruição, caos e sofrimento generalizados onde quer que operem", enfatizou Amir Said Iravani na terça-feira na reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) sobre os recentes eventos na Síria.
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Amir Said Iravani, embaixador do Irã na ONU, discursa na reunião do Conselho de Segurança sobre a situação na Síria, em 23 de outubro de 2024. |
Expressando a profunda preocupação do Irã com a escalada da crise na Síria, Iravani enfatizou que as operações dos terroristas do HTS criaram sérias ameaças à soberania e estabilidade da Síria.
O representante permanente do Irã na ONU acusou em particular os Estados Unidos, que mantêm sua presença militar ilegal na Síria, de ajudar e encorajar terroristas no país árabe.
Nesse sentido, ele enfatizou que a escala e a sofisticação das operações terroristas, incluindo o uso de armamento avançado e drones, destacam que há um apoio externo deliberado, liderado pelos Estados Unidos, que transformou o terrorismo em uma ferramenta de política externa para promover seus objetivos políticos.
"Os Estados responsáveis por alimentar este conflito devem ser responsabilizados por suas ações e pelas consequências devastadoras que infligiram ao povo sírio", enfatizou o representante iraniano na ONU.
Iravani alertou que o que está acontecendo em Aleppo e Idlib deve ser um alerta para toda a região em relação ao ressurgimento do terrorismo e do extremismo. "A insegurança e a disseminação do terrorismo e do extremismo violento na Síria não se limitarão às suas fronteiras; suas consequências inevitavelmente ameaçarão toda a região e além", acrescentou.
Em outra parte de seu discurso, Iravani denunciou o ataque "deliberado" de terroristas ao prédio do consulado iraniano, enfatizando que a responsabilidade por esse "ataque flagrante e violação é dos países que armam e apoiam esses grupos terroristas".
Ele afirmou ainda que a "única solução sustentável para a crise síria é uma solução política, liderada e assumida pelo povo sírio" que preserve a soberania e a independência da Síria.
"Isso requer acabar com a ocupação e interferência estrangeira, parar a exploração dos recursos da Síria, acabar com todo o apoio a grupos terroristas e encorajar as partes a dialogar e participar ativamente do processo político", disse ele.
Desde quarta-feira, grupos terroristas armados, liderados pela gangue HTS, apoiados por milhares de terroristas estrangeiros, armas pesadas e um grande número de drones, lançaram um ataque maciço de vários eixos nas frentes de Aleppo e Idlib.
O exército sírio continua a esmagar grupos terroristas no norte da Síria e os expulsou de muitas áreas estratégicas.