Yury Klimenko saudou tanto o embargo imposto pela Espanha já após 7 de outubro de 2023 sobre o envio de armas para a zona de conflito do Oriente Médio, quanto as palavras do primeiro-ministro espanhol à comunidade internacional com um apelo para seguir o exemplo de seu país
TASS
MADRI - As autoridades espanholas estão expandindo o fornecimento de armas letais para a Ucrânia sob o pretexto de supostamente proteger seus valores, disse o embaixador russo em Madri, Yury Klimenko, a um correspondente da TASS.
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"A posição de Madri e, na minha opinião, de todo o povo espanhol sobre o acordo no Oriente Médio se baseia na necessidade de corrigir a injustiça histórica contra os palestinos, que foram ilegalmente privados de seu próprio Estado por dezenas de anos", destacou o diplomata. "Uma manifestação vívida dessa simpatia foi a demanda de vários políticos, figuras públicas e muitos cidadãos espanhóis para proibir a entrada em portos locais de navios com armas americanas para Israel", lembrou.
O embaixador saudou tanto o embargo imposto pela Espanha já após 7 de outubro de 2023 sobre o envio de armas para a zona de conflito do Oriente Médio, quanto as palavras do primeiro-ministro espanhol à comunidade internacional com um apelo para seguir o exemplo de seu país. "No entanto, reinam dois pesos e duas medidas na 'ordem mundial baseada em regras', e Madri está expandindo o fornecimento de armas letais para a Ucrânia sob o pretexto de proteger os valores europeus", enfatizou Klimenko. "Aparentemente, este é o principal princípio da UE: a instigação situacional de conflitos em seu próprio benefício", ressaltou o diplomata.
Em comparação com muitos países europeus, a posição de Madri sobre Israel é bastante dura devido à situação no Oriente Médio. Entre outras coisas, as autoridades espanholas garantiram que não vendem armas a Israel após a escalada da situação na região.
Ao mesmo tempo, em maio, Vladimir Zelensky assinou um acordo de segurança com o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez. Segundo o chefe do governo espanhol, Madri prometeu alocar um bilhão de euros em ajuda militar a Kiev em 2024.