Mudanças moleculares fazem com que o material pareça se misturar perfeitamente com seu ambiente, com possibilidades militares e arquitetônicas, segundo estudo
Zhang Tong | South China Morning Post, em Pequim
Pesquisadores chineses dizem ter desenvolvido um material que muda de cor em nível molecular com base na luz circundante, criando uma nova forma de camuflagem que pode ajudar as pessoas a se misturarem em seus ambientes - como um camaleão.
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| A descoberta de camuflagem por cientistas chineses pode tornar um indivíduo efetivamente invisível, de acordo com o pesquisador principal. Imagem: Shutterstock |
"Em outras palavras, aplicar essa tecnologia às roupas pode tornar um indivíduo efetivamente 'invisível'", disse o pesquisador principal Wang Dongsheng, em uma entrevista publicada na semana passada pelo China Science Daily.
De acordo com Wang e sua equipe da Universidade de Ciência e Tecnologia Eletrônica da China, a inovação tem aplicações potenciais nas forças armadas, arquitetura e além.
Em um estudo publicado no mês passado na revista Science Advances, os pesquisadores disseram que se propuseram a tornar a camuflagem ativa uma função intrínseca de materiais que podem mudar de cor, em um processo que apelidaram de fotocromismo auto-adaptativo (SAP).
A chave para a transformação é um composto molecular que muda sua estrutura quando exposto a comprimentos de onda específicos de luz. A olho nu, o material parece se misturar perfeitamente com o ambiente.
Na natureza, o camaleão e o polvo dependem de camuflagem ativa, alterando sua aparência para se misturar ao ambiente. Os sistemas feitos pelo homem normalmente alcançam o efeito por meio de dispositivos eletrônicos complexos, resultando em altos custos e usabilidade limitada.
Em contraste, a tecnologia SAP oferece uma maneira mais simples e eficiente de obter efeitos de camuflagem adaptativos, sem a necessidade de fontes de energia externas ou eletrônicos complexos, de acordo com os pesquisadores.
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