Braga Netto contrata ex-advogado de José Dirceu e Léo Pinheiro

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José Luis Oliveira Lima tem forte trânsito nos tribunais superiores e atuou em casos como o Mensalão e Lava Jato


Wilson Lima | O Antagonista

O ex-advogado de José Dirceu durante o julgamento do mensalão e do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro José Luis Oliveira Lima foi escalado por familiares do general Braga Netto para fazer a defesa do militar, que está preso desde o final de semana suspeito de ter participado de um plano para se dar um golpe de Estado no Brasil.

Foto: Isac Nóbrega/PR

Braga Netto também é investigado por supostamente participar de um plano para neutralizar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

A informação foi publicada pelo jornal O Globo e confirmada por O Antagonista.

José Luis Oliveira Lima – também conhecido como Juca – tem forte trânsito nos tribunais superiores, principalmente no Supremo Tribunal Federal. Em 2009, Oliveira Lima conseguiu, na época, uma das maiores vitórias no Tribunal que foi ter tirado da cadeia o médico Roger Abdelmassih, acusado na ocasião de ter cometido crimes sexuais contra seus pacientes.

Oliveira Lima é amigo do ministro Dias Toffoli do STF e já promoveu um jantar em homenagem ao ministro Gilmar Mendes, em seu apartamento em São Paulo, em 2010.

Em 2018, quando Toffoli celebrou a sua posse como presidente do STF, um dos convidados foi justamente Juca. Além de Juca, outros defensores que participaram da festa, em Brasília, foram Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay e Pierpaolo Bottini.

Acusações contra Braga Netto

Braga Netto é investigado por tentar acessar informações da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Em depoimento à PF, Mauro Cid afirmou que o general e outros intermediários entraram em contato com seu pai, o general Mauro Lourena Cid, buscando detalhes sobre a colaboração premiada.

Defesa e reação

A defesa do general negou qualquer tentativa de obstrução e afirmou que não há fundamento para a prisão preventiva.

Já a Procuradoria-Geral da República (PGR) justificou a medida como necessária para evitar interferências no caso.

A PGR ainda avalia os resultados das investigações para decidir se apresentará denúncias formais contra os indiciados.

A Operação Contragolpe investiga eventos ligados à tentativa de reverter o resultado das eleições de 2022. O inquérito da PF, concluído no início de dezembro, indiciou 37 pessoas por crimes como conspiração, obstrução de justiça e planejamento de atos contra o Estado democrático de direito.


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