A Ucrânia emitiu um alerta de ataques aéreos para grande parte de seu território nesta segunda-feira (11), após a decolagem de bombardeiros russos visando o país e a série de ataques com drones deste domingo.
RFI
Segundo a nota divulgada pelas autoridades ucranianas, oito Tupolev-95, acompanhados de aviões russos MiG-31K, seguiam em direção à Ucrânia.
Ucrânia emite alerta para ataques aéreos da Rússia, que desmente conversa entre Putin e Trump © AP - Ukrainian Emergency Service |
Os Tu-95 são bombardeiros que podem transportar mísseis de cruzeiro, de longo alcance. O MiG-31 é um avião interceptor e de ataque que geralmente "escolta" os Tupolevs.
De acordo com as autoridades ucranianas, pelo menos seis pessoas morreram em bombardeios russos durante a madrugada, que atingiram as cidades de Mykolaiv e Zaporíjia, no sul do país.
O Ministério da Defesa da Rússia anunciou que derrubou 34 drones ucranianos que seguiam para a região de Moscou neste domingo. Este é o maior ataque contra a capital russa desde o início do conflito, em fevereiro de 2022. Outros 36 drones foram derrubados em duas regiões vizinhas a Moscou e em outras três próximas da fronteira com a Ucrânia.
O ataque, que forçou o fechamento temporário de três aeroportos em Moscou, feriu uma mulher de 52 anos e provocou o incêndio de duas residências na localidade de Ramenskoye, na região da capital russa, segundo as autoridades.
Ataque recorde no domingo
Na madrugada deste domingo, a Ucrânia foi alvo de um novo ataque "recorde" de 145 drones russos, segundo o presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, que publicou uma mensagem na rede X. A Força Aérea ucraniana informou em um comunicado que 62 dos 145 drones foram neutralizados sobre 13 regiões do país.A Ucrânia afirma que seus ataques, que geralmente têm como alvos instalações do setor de energia, são uma resposta aos intensos bombardeios russos contra seu território desde o início da ofensiva russa.
Rússia desmente conversa com Trump
No domingo (10), o jornal americano The Washington Post informou que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, conversou com o presidente russo, Vladimir Putin, sobre o objetivo de paz no continente europeu. Mas o Kremlin desmentiu a informação nesta segunda-feira."Não corresponde à realidade, é pura invenção, é simplesmente uma informação falsa", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. "No momento, não há planos concretos sobre uma conversa entre Trump e Putin", acrescentou o porta-voz.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, falou com Trump na quarta-feira. A conversa também teve a participação do bilionário Elon Musk.
Conquista de Vovthchenka
No front, a Rússia reivindicou no domingo a conquista da localidade de Vovtchenka, na região de Donetsk, leste da Ucrânia.O vilarejo está localizado a cinco quilômetros de Kurakhov, uma cidade industrial que tinha quase 18.000 habitantes antes do conflito e abriga um grande depósito de lítio.
Putin assinou um acordo de defesa mútua com a Coreia do Norte, cujos soldados estão, de acordo com Kiev e Washington, prontos para se juntar aos russos que combatem as forças ucranianas. O acordo foi concluído durante uma visita de Putin a Pyongyang, em junho, e prevê uma "assistência militar imediata" recíproca no caso de um ataque a um dos países. O acordo formaliza meses de cooperação de segurança entre os dois países, aliados comunistas durante a Guerra Fria.
Com base em informações de inteligência, a Coreia do Sul, as autoridades ucranianas e países ocidentais afirmam que a Coreia do Norte enviou cerca de 10.000 soldados para a Rússia para lutar na Ucrânia.
Com informações da AFP