No dia 14 de novembro de 2024, a Polônia posicionou tanques K2 Black Panther, fabricados pela sul-coreana Hyundai Rotem, próximos ao enclave russo de Kaliningrado. Segundo a Major Magdalena Kosińska, porta-voz da 16ª Divisão Mecanizada da Pomerânia, a decisão reflete o compromisso polonês em reforçar sua defesa diante de crescentes tensões regionais.
Forças de Defesa
O primeiro lote de sete tanques K2 foi entregue à 9ª Brigada, sediada em Braniewo, e está passando pelos últimos procedimentos de aceitação com representantes sul-coreanos. Esses tanques substituirão os modelos PT-91, até então utilizados pela brigada, e serão adaptados com sistemas de comunicação usados pelo exército polonês, alinhando-os ao padrão operacional nacional.
Os K2 Black Panther destacam-se pela tecnologia avançada. Equipados com sistemas de proteção ativa contra mísseis e armas antitanque, possuem mobilidade excepcional para operar em terrenos desafiadores, como pântanos e areias. Com sistemas de controle de fogo precisos, são projetados para garantir alta eficácia em diversas condições de combate.
A Polônia já treinou oito equipes de operação para os tanques K2, com apoio de instrutores da 20ª Brigada Mecanizada, garantindo prontidão imediata. Um segundo lote de tanques deve ser entregue até o final do ano, fortalecendo ainda mais as capacidades de combate da 9ª Brigada.
Essa aquisição faz parte de um contrato de US$ 3,4 bilhões firmado em 2022 entre Polônia e Coreia do Sul, que prevê a entrega de 180 tanques K2. Embora as entregas estejam avançadas, a participação da indústria polonesa no projeto ainda se limita ao fornecimento de sistemas de comunicação, com desafios para a produção local do modelo.
Os K2 são tanques de combate principais armados com canhões de 120 mm, capazes de disparar munições de longo alcance, além de metralhadoras para defesa contra tropas e ameaças aéreas de baixa altitude. Com blindagem composta e blocos de proteção reativa, são projetados para suportar impactos modernos e explosões, mantendo alta mobilidade.
Posicionados estrategicamente próximos a Kaliningrado, os K2 refletem uma abordagem proativa da Polônia para reforçar a segurança regional e dissuadir possíveis agressões russas. A região, considerada sensível para a defesa da OTAN, torna esses equipamentos cruciais na proteção do flanco oriental da aliança.
Com a capacidade de formar até três brigadas blindadas, os tanques K2 são ideais para guerra de manobra, permitindo flanquear e interromper linhas de abastecimento inimigas. Além disso, sua compatibilidade com sistemas da OTAN garante integração eficiente em operações multinacionais, ampliando a prontidão defensiva no Leste Europeu.