Manifestantes cipriotas exigem o fim da presença militar dos EUA

Manifestantes protestaram na cidade de Larnaca no domingo para exigir o fim da cooperação militar entre os Estados Unidos e Chipre.

HispanTV

Os manifestantes se reuniram do lado de fora do complexo conhecido como Centro de Segurança Terrestre, Portuária e de Alto Mar em Larnaca, no sul de Chipre, um centro de treinamento de segurança financiado pelos EUA.

Pessoas em Chipre protestam pelo fim da presença militar dos EUA, 24 de novembro de 2024.

Os cipriotas exigiram a retirada imediata das forças militares dos EUA do sul de Chipre e encerraram a cooperação militar de seu país com os Estados Unidos.

O Conselho de Paz de Chipre (CPC), que convocou a mobilização, em comunicado, condena o recente aumento militar dos EUA em Chipre sob o pretexto de "ajuda humanitária", afirmando que faz parte dos preparativos para uma escalada do conflito na Ásia Ocidental.

"Opomo-nos à transformação de Chipre em um posto militar avançado dos Estados Unidos" e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), diz o comunicado, que também denuncia o envolvimento de Chipre no que descreve como "operações letais contra os povos da região".

Manifesta igualmente a sua solidariedade para com os povos palestiniano e libanês e apela ao fim de todas as guerras na região da Ásia Ocidental.

Dirigindo-se aos manifestantes, Stefanos Stefanou, secretário-geral do partido de esquerda AKEL, anunciou que eles são contra transformar a ilha em uma base de guerra, centro de espionagem e área de treinamento militar contra países vizinhos.

Ele continuou dizendo que a infraestrutura, portos, aeroportos, terra e espaço aéreo do Chipre do Sul devem servir ao povo do sul de Chipre e não aos americanos, israelenses ou terceiros.

A cooperação militar entre Chipre do Sul e os Estados Unidos aumentou nos últimos anos, atraindo críticas da Turquia e da República Turca do Chipre do Norte (TRNC).