A posição de Moscou deve ser absolutamente clara para todos, apontou Dmitry Peskov
TASS
MOSCOU - A Rússia assume que a decisão de lançar mísseis ATACMS profundamente na Rússia significa uma nova rodada qualitativa de escalada de tensões, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres.
Porta-voz presidencial russo Dmitry Peskov © Sergey Karpukhin / TASS |
"Se tal decisão foi de fato formulada e comunicada ao regime de Kiev, então, é claro, esta é uma rodada qualitativamente nova de escalada de tensões e uma situação qualitativamente nova em termos do envolvimento dos Estados Unidos neste conflito", disse Peskov.
"Estamos procedendo disso", enfatizou.
A posição de Moscou deve ser absolutamente clara para todos, ressaltou o porta-voz. "Esses sinais foram recebidos pelo Ocidente coletivo. E eles foram expressos pelo presidente em São Petersburgo", lembrou Peskov.
Em 12 de setembro, o presidente russo, Vladimir Putin, apontou que uma possível decisão de usar armas ocidentais de longo alcance contra a Rússia significaria nada menos do que o envolvimento direto dos Estados Unidos e de outros países da OTAN na guerra na Ucrânia. Isso alteraria drasticamente a natureza desse conflito, e a Rússia seria forçada a tomar as medidas apropriadas em resposta às ameaças crescentes, alertou o presidente russo. Putin enfatizou que a Ucrânia não seria capaz de atacar profundamente o território russo sem o apoio ocidental, pois exigiria inteligência de satélite e missões de voo para fazê-lo.
Em 17 de novembro, o The New York Times informou, citando fontes, que Biden havia autorizado ataques do território ucraniano nas profundezas da Rússia usando mísseis balísticos táticos ATACMS. Por sua vez, fontes do Le Figaro afirmaram que a França e o Reino Unido autorizaram ataques com mísseis táticos SCALP e Storm Shadow. O artigo foi posteriormente retirado do site do jornal sem explicação. Não houve confirmação oficial dessas informações de Washington, Paris ou Londres.