O comandante-em-chefe do IRGC pede aos países muçulmanos que cortem as rotas de ajuda para Israel após a decisão do Tribunal Penal Internacional contra altos funcionários israelenses.
HispanTV
"As artérias econômicas do regime devem ser fechadas e dizemos a eles, especialmente aos governos muçulmanos, que fechem as rotas terrestres, marítimas e aéreas de ajuda econômica e militar a esse regime", enfatizou o comandante-chefe do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica do Irã (IRGC), major-general Hossein Salami, na sexta-feira. no exercício denominado 'Rumo a Al-Quds (Jerusalém)', realizado em Ahvaz (capital provincial do Khuzistão).
O comandante-chefe do IRGC, major-general Hossein Salami, durante o exercício "Rumo a Al-Quds" em Ahvaz, em 22 de novembro de 2024. |
O general Salami também deixou claro que o regime israelense vai declinar a uma velocidade surpreendente e acabará se desintegrando, caso ocorra esse bloqueio econômico.
O comandante iraniano detalhou que as mudas da Resistência no Iêmen, Bahrein, Síria, Iraque, Líbano e Palestina se tornaram árvores enraizadas e, apesar das tentativas de arrogância global ao longo dos anos de destruir os ramos da Resistência, sempre enfrentou "fracassos sucessivos".
Aludindo à emissão da decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre a prisão do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e de seu ex-ministro de Assuntos Militares, Yoav Gallant, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade, o funcionário chamou isso de "uma grande vitória" para a resistência palestina e libanesa.
Ele também afirmou que, com a emissão deste veredicto, Israel está em isolamento político global e ninguém viaja para essas terras ocupadas. "Esta é uma grande derrota para os sionistas ... Ninguém, exceto as autoridades dos EUA, viajará mais para lá", acrescentou.
Na quinta-feira, a Câmara de Pré-Julgamento do TPI emitiu mandados de prisão para Netanyahu e Gallant, nomeando-os como os maiores responsáveis por crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos na Faixa de Gaza desde outubro do ano passado.
Com base nessa decisão, 124 Estados-membros do Estatuto de Roma, o tratado que criou o Tribunal, agora têm a obrigação de prender pessoas procuradas e entregá-las ao TPI em Haia. Um julgamento não pode ser iniciado à revelia.
Desde outubro de 2023, a entidade sionista matou mais de 44.056 palestinos e outros 104.270 ficaram feridos, de acordo com o Ministério da Saúde palestino.