Forças Armadas mobiliza 7 mil militares, 15 aeronaves, 51 veículos blindados e 433 viaturas não blindadas para o maior exercício militar do Exército Brasileiro em 2024

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Assaltos aéreos, travessias de rios e combate urbano: a Operação Perseu traz desafios extremos e coloca à prova o Exército Brasileiro em uma impressionante demonstração de força e estratégia militar


Flavia Marinho | Click Petróleo e Gás

O Exército Brasileiro iniciou, por meio do Comando Militar do Sudeste, a Operação Perseu, um dos maiores exercícios militares de 2024, no Vale do Paraíba. Essa mobilização conta com cerca de 7.700 militares e tem como objetivo principal aprimorar a prontidão operacional e a capacidade de resposta das Forças Armadas do Brasil em situações de defesa e combate.

Assaltos aéreos, travessias de rios e combate urbano: a Operação Perseu traz desafios extremos e coloca à prova o Exército Brasileiro em uma impressionante demonstração de força e estratégia militar

Com uma duração planejada de 10 dias, a operação ocorre entre 25 de novembro e 4 de dezembro, envolvendo um planejamento minucioso e a integração de tropas, veículos e aeronaves.

O exercício se destaca pela aplicação de doutrinas modernas em um ambiente que simula, de forma bastante realista, cenários de combate e defesa. Com isso, a Operação Perseu se torna um dos mais completos testes de preparo militar da atualidade, colocando em prática o conhecimento das tropas em um ambiente próximo ao de combate real.

Equipamento de ponta: 51 veículos blindados, 433 viaturas não blindadas e 15 aeronaves

Durante o exercício, são empregados 51 veículos blindados, 433 viaturas não blindadas e 15 aeronaves, distribuídos por uma vasta área de operações que engloba nove cidades. Entre as localidades que sediam o treinamento estão Caçapava, Taubaté, Pindamonhangaba, Lorena, Cachoeira Paulista, Cruzeiro, Silveiras, Areias e Resende, no estado do Rio de Janeiro.

O Exército Brasileiro destaca que o propósito do exercício é treinar e capacitar as tropas para garantir que estejam aptas a responder a situações de defesa da pátria e operações de apoio externo. O uso desse conjunto diversificado de equipamentos reforça a preparação e a adaptabilidade das forças armadas brasileiras, contribuindo para o aperfeiçoamento do treinamento em diferentes tipos de terreno e situação.

Operação Perseu: Exército Brasileiro inicia inspeção estratégica e assalto aeromóvel em preparação para combate realista

A Operação Perseu tem seu início oficial em 25 de novembro, nas instalações do Comando de Aviação do Exército (Cavex), em Taubaté. No início, o Comandante Militar do Sudeste realiza uma inspeção rigorosa, onde avalia detalhadamente a prontidão das tropas e as condições operacionais dos veículos e aeronaves que participarão das simulações.

Esta etapa inicial é acompanhada por autoridades civis e militares, um gesto que simboliza a importância estratégica do exercício para a defesa nacional e para o Exército Brasileiro como um todo.

No dia 27 de novembro, o treinamento se intensifica em Cruzeiro com um assalto aeromóvel. Nessa operação específica, as tropas realizam uma infiltração em território simulado inimigo, contando com o apoio das aeronaves do Cavex.

Esse exercício de infiltração aérea é essencial para testar as habilidades das tropas em ações de reconhecimento, segurança e incursões rápidas, fundamentais em operações de conflito.

Exército Brasileiro enfrenta desafio extremo: blindados Guarani cruzam o Rio Paraíba do Sul em simulação de combate realista

No dia 28 de novembro, a operação entra em um dos seus momentos mais desafiadores, com a transposição do Rio Paraíba do Sul, em Lorena. Para cruzar o rio, o Exército utiliza viaturas blindadas Guarani, veículo nacional que representa a modernização das operações militares no Brasil.

Esse momento requer, além da força dos blindados, o suporte de equipamentos de engenharia para superar os obstáculos naturais, permitindo a travessia segura e a manutenção do poder de combate das tropas.

Esse tipo de exercício fortalece a capacidade do Exército em realizar operações em ambientes variados, desde a superação de barreiras aquáticas até o domínio de terrenos urbanos. No dia 29, as tropas se deslocam para Silveiras e Areias, onde realizam simulações de combate em áreas edificadas, preparando-se para enfrentar possíveis situações de conflito em cidades.

A prática do combate urbano exige precisão e técnica apuradas, pois as tropas necessitam desenvolver habilidades específicas para lidar com cenários complexos e adversos.

De acordo com o Exército Brasileiro, esses treinamentos em ambientes urbanos são projetados para garantir que as tropas estejam aptas a empregar táticas adequadas em operações futuras, aumentando a eficácia e a segurança durante o combate.

Demonstração de força: Operação Perseu encerra com assalto aeroterrestre e exibição de poderio militar em Resende

Após o treinamento em áreas urbanas, a Operação Perseu segue para Resende, onde as tropas realizam exercícios estratégicos de combate e defesa contra forças irregulares, preparando-se para situações de conflito assimétrico. Em 4 de dezembro, está programado o encerramento do treinamento com uma impressionante demonstração de poderio militar.

Essa etapa final inclui disparos de aviação, artilharia de campanha e antiaérea no campo de instrução da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), demonstrando a precisão e a capacidade de ataque das tropas brasileiras. Esse momento finaliza a operação com uma exibição pública, permitindo que o público observe de perto a força do Exército Brasileiro em grandes operações.

Um dos pontos altos da operação será em 30 de novembro, na Represa do Funil, em Itatiaia (RJ), com um assalto aeroterrestre e aeromóvel. Para a execução dessas manobras, tropas paraquedistas e equipamentos serão lançados em uma simulação de ataque a território hostil, com suporte da Força Aérea Brasileira. Em paralelo, o assalto aeromóvel, conduzido por helicópteros do Cavex, garantirá a inserção de tropas em pontos estratégicos para ações de solo.

Essa fase crucial evidencia a flexibilidade e a agilidade das Forças Armadas brasileiras, reforçando a capacidade de mobilização e a prontidão para diferentes missões de defesa e combate, aspectos essenciais para o contexto militar atual.


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