O avião de combate em maior quantidade na Força Aérea Brasileira, o A-29 Super Tucano da Embraer, será modernizado no ano que vem e será mais “próximo” do caça Gripen.
Por Carlos Martins | Aeroin
Hoje são 68 aeronaves A-29A/B Super Tucano em operação na FAB, divididas em quatro esquadrões: Escorpião, Flecha, Grifo e Joker, sendo este último sediado na Base Aérea de Natal e dedicado à transição dos oficias recém-formados na Academia da Força Aérea (AFA) e que foram selecionados para a aviação de caça.
A-29 Super Tucano |
E, pensando exatamente na transição dos pilotos do Super Tucano para o caça Gripen, os militares da FAB definiram os critérios para o A-29M, que será a versão modernizada da aeronave.
Durante a International Fighter Conference 2024, realizada semana passada em Berlim, oficiais brasileiros afirmaram ao portal Shephard, que o A-29M contará com novos sensores eletro-ópticos, um novo cockpit com display único do tipo WAD (similar ao encontrado no Gripen) para substituir as atuais duas telas do A-29A, que tem disposição similar ao cockpit do F-5M Tiger II.
Outras novidades serão novos sistemas de proteção antimísseis, blindagem extra, data link BR-2 que permitirá conexão com os caças Gripen, aviões radar E-99 e estações em solo, e um pacote de treinamento sintético.
O primeiro estudo de viabilidade deverá ser publicado no início do próximo ano, para dar início ao processo de escolha de fornecedores para culminar no início da modernização.
“Escolhemos pela modernização do A-29 para permitir uma transição segura e sustentável para a operação do Gripen. O treinamento dos pilotos de caça requer um aumento na qualidade do treinamento e melhoras na consciência situacional”, afirmou um dos oficiais para a Shephard.
O primeiro A-29 foi entregue para a FAB em 2003 e nunca foi modernizado. Hoje a Embraer oferece a versão A-29N, que tem equipamentos padrão OTAN e deverá ser a escolhida pela Força Aérea Portuguesa em breve.