Segundo PM, suspeito não é militar. No total, foram furtadas 9 armas, das quais quatro ainda estão sumidas. Mais de 1,6 mil militares estão envolvidos em operações para recuperação das armas.
Por Helena Krüger, Gilvana Giombelli | g1 PR e RPC Cascavel
Um homem foi preso em Espigão Alto do Iguaçu, no oeste do Paraná, com quatro das nove armas furtadas do 33º Batalhão de Infantaria Mecanizada do Exército, em Cascavel, no oeste do Paraná.
Homem é preso com cinco armas furtadas de Batalhão do Exército do Paraná — Foto: PM/Cascavel |
A quinta arma localizada estava às margens da PR-484, próximo a Quedas do Iguaçu, segundo nota emitida pelo Exército. A localização foi informada pelo suspeito, que foi detido em casa na noite de terça-feira (19) pela Polícia Militar (PM-PR).
O suspeito, que não é militar, não possui anotações criminais, segundo o Exército. O nome do suspeito não foi oficialmente divulgado.
As cidades onde as cinco armas furtadas foram localizadas ficam a cerca de duas horas de Cascavel, município onde está localizado o Batalhão.
Segundo relatório da PM, o furto foi no sábado (16). A descoberta do furto ocorreu no dia seguinte, no domingo (17). As circunstâncias do crime e envolvimento de possíveis militares ainda são pontos investigado pela corporação.
As armas encontradas com o suspeito são do modelo Beretta, calibre 9 mm. A RPC apurou que, além delas, foram localizadas na casa do suspeito 280 munições de 9 milímetros e 50 munições de calibre 12, porém não pertencentes ao Exército.
Das nove armas furtadas do quartel, quatro ainda não foram localizadas.
Descoberta do furto e megaoperação para recuperação das armas
O furto das nove armas em Cascavel fez o Exército convocar agentes de folga e afastados para megaoperação de buscas que envolve mais de 1,6 mil militares da instituição, informou o comando.Além de militares do Exército, as Polícias Rodoviária Federal, Civil e Militar também auxiliam nas investigações que se iniciaram, ainda no domingo (17), após a instituição notar a falta dos itens, que pertencem à Reserva de Armamento do Batalhão.
Imediatamente após a descoberta, foi instaurado um Inquérito Policial Militar para apurar o caso.
Segundo o general comandante da brigada, Evandro Amorim, militares que atuam no próprio Batalhão são suspeitos de participação no crime, que é investigado sob sigilo. Os celulares de todos os militares que atuam no Batalhão foram apreendidos até a conclusão das investigações.
Punições a militares
Os militares que estavam trabalhando no dia em que o Exército percebeu a ausência das nove armas foram punidos disciplinarmente por "terem trabalhado mal durante o serviço", conforme a instituição.Apesar disso, punição não coloca estes militares na condição de suspeitos do furto. Segundo o Exército, a medida foi tomada porque a ação dos militares "permitiu o extravio do armamento".
Conforme o Exército, os militares cumprem punição disciplinar de prisão no quartel, segundo instituição.