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02 novembro 2024

Egito sedia conversas entre Fatah e Hamas como parte de esforços para cessar-fogo

Autoridades seniores dos grupos palestinos rivais Fatah e Hamas estão no Cairo para discutir a formação de um comitê para administrar a governança de Gaza após a guerra, disse uma fonte de segurança egípcia, segundo a emissora de televisão do Egito, Al Qahera News, neste sábado.


Por Nidal al-Mughrabi, Adam Makary e Ahmed Tolba | Reuters

As conversas fazem parte de esforços mais amplos de mediação do Egito para chegar a um cessar-fogo entre Israel e o grupo militante Hamas e expandir acesso humanitário ao enclave.

Presidente do Egito, Abdel-Fattah el-Sissi

Líderes do Hamas e da facção Fatah, do presidente palestino Mahmoud Abbas, se reuniram no Cairo no mês passado para discutir a formação de um comitê, com base em uma proposta apresentada pelo Egito, mas as conversas foram adiadas, disseram fontes próximas das negociações à Reuters.

As fontes afirmaram que o comitê seria formado por figuras palestinas independentes que não estão alinhadas a nenhum movimento específico, abordando a questão de quem governará Gaza quando a guerra que já dura um ano terminar.

Israel rejeita que o Hamas tenha qualquer papel em Gaza depois da guerra e disse que também não confia na rival Autoridade Palestina de Abbas para governar o enclave.

Os mediadores, incluindo Egito e Catar com o apoio dos Estados Unidos, não conseguiram até agora fechar uma trégua que encerraria a guerra em Gaza e facilitaria a libertação de reféns israelenses e estrangeiros mantidos pelo Hamas, além de milhares de palestinos detidos por Israel.

O Hamas está pressionando pelo fim das hostilidades, enquanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a guerra continuará até que o Hamas seja desmembrado.

A autoridade política do Hamas, Izzat al-Risheq, disse que propostas de tréguas limitadas ou temporárias são “cortinas de fumaça”.

“Estamos positivamente abertos a qualquer proposta ou ideia que garanta o fim da agressão e a retirada das forças de ocupação de Gaza”, afirmou al-Risheq, em um comunicado.

O conflito continua a extrair um alto custo humanitário, com médicos relatando que cinco palestinos foram mortos em um ataque aéreo israelense contra o campo de refugiados de Bureij, em Gaza, neste sábado.

Autoridades de saúde palestinas disseram que pelo menos 60 pessoas foram mortas pelos ataques militares israelenses na Faixa de Gaza desde sexta-feira.

A guerra eclodiu quando militantes liderados pelo Hamas atacaram Israel em 7 de outubro de 2023, matando 1.200 pessoas e levando 251 reféns de volta para Gaza, segundo contagens israelenses.

As ofensivas retaliatórias de Israel mataram mais de 43.000 palestinos e reduziu a maior parte de Gaza a escombros.

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