Drone militar de 10 toneladas da China impressiona com capacidade de liberar enxames de drones no ar

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China revela drone militar de 10 toneladas com tecnologia avançada para lançar enxames em combate


Por Fabio Lucas Carvalho | Click Petróleo e Gás

Em uma feira militar na China, os observadores avistaram o conceito de “nave-mãe de drones”, que fez muito sucesso no evento. Essa nova tecnologia de drone militar promete revolucionar o campo de batalha.

O drone chinês movido a jato no recinto do show aéreo de Zhuhai

O conceito de Nave-Mãe de drones

Apelidado de “Jiu Tian” (ou “Céu Alto” em chinês), esse drone militar impressionante foi desenvolvido pela estatal Aviation Industry Corporation of China (AVIC). Com um peso de decolagem de aproximadamente 10 toneladas, a nave-mãe de drones é projetada para lançar enxames de drones de forma autônoma.

Movido por motores a jato, o Jiu Tian apresenta um design avançado e uma estrutura sólida, capaz de resistir a operações intensivas e sustentadas.

As marcações na fuselagem, que incluem a sigla “SS-UAV”, indicam que a tecnologia é um modelo avançado de Veículo Aéreo Não Tripulado (UAV), embora o significado exato de “SS” ainda mantenha um mistério.

Uma análise mais detalhada da nave-mãe revela que ela adota um sistema de pouso triciclo comum e um motor a jato posicionado no topo da fuselagem central.

Embora o design possa lembrar um veículo aéreo comum, a área rotulada como “Isomerism Hive Module” na seção de carga útil sugere que a aeronave é capaz de lançar múltiplos drones no ar.

Assim, a nave-mãe não atua apenas como uma plataforma de lançamento, mas também como um centro de comando e controle, coordenando os drones em formação e potencializando as capacidades de inteligência e ataque.

Enxames de drones: estratégia e eficácia militar

O uso de drones em enxame é uma estratégia militar cada vez mais valorizada, com diversos países explorando o potencial desta tecnologia.

A guerra em curso entre a Rússia e a Ucrânia evidenciou o impacto que drones podem ser bem coordenados, inclinando-se a balançar a favor de quem detém a tecnologia.

Com uma nave-mãe como a Jiu Tian, ​​a China busca expandir ainda mais suas capacidades de combate e vigilância, oferecendo ao Exército de Libertação Popular (PLA) uma vantagem estratégica significativa.

A habilidade de lançar e recuperar drones em pleno voo permite uma operação de longo alcance e aumenta as capacidades de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR), além de possibilitar operações de guerra eletrônica.

A letalidade dos drones kamikazes, por exemplo, pode ser amplificada quando lançados de uma plataforma aérea em movimento, otimizando o tempo de resposta e aumentando o impacto dos ataques.

A concorrência no Zhuhai Air Show

O Zhuhai Air Show também serviu como palco para a apresentação de outras inovações da indústria bélica chinesa. Entre as novidades, destaca-se o J-15T, uma caça de 4.5ª geração da Marinha Chinesa, que foi projetada para ser lançada a partir de uma catapulta instalada nos porta-aviões Fujian.

Essa é a primeira vez que um jato da Marinha do PLA é exibido em Zhuhai, o que evidencia a importância do evento para mostrar a força e a modernização das Forças Armadas da China.

Outro ponto alto do show é a aguardada estreia do J-35A, uma variante terrestre da caça furtiva naval J-35, desenvolvida pela Força Aérea do PLA.

Conforme anunciado por Niu Wenbo, porta-voz da Força Aérea, o míssil terra-ar HQ-19 também fará sua primeira propriedade pública no evento, juntamente com um novo tipo de veículo aéreo não tripulado voltado para reconhecimento e ataque. A expectativa é que essa nova aeronave seja o conceito de nave-mãe de drones da AVIC.

O evento se estenderá até dia 17 de novembro, oferecendo uma oportunidade para que delegações militares de diversos países possam analisar e avaliar as capacidades do novo arsenal chinês.

A presença da Rússia, que planeja exibir sua caça furtiva multifuncional Su-57, contribui para a atmosfera competitiva e para a troca de conhecimentos entre nações.

Potencial de mudança nas táticas militares

A introdução de uma nave-mãe de drones no cenário militar não só eleva a capacidade operacional, mas também modifica as táticas de guerra de maneira substancial.

Ao substituir operações manuais por comandos automáticos e coordenados, os testes de drones tornam-se uma ferramenta poderosa para reconhecimento e ataque em zonas de conflito.

Essa tecnologia pode transformar as operações de defesa e ataque, aumentando a dependência de soldados e minimizando a oferta direta de tropas ao perigo.

Entretanto, existem desafios técnicos e éticos a serem considerados. A comunicação entre os drones e a nave-mãe, bem como a precisão das operações de enxame, são áreas de desenvolvimento contínuo.

Além disso, há preocupações sobre a segurança de informações e o controle desses dispositivos, pois uma falha técnica ou invasão cibernética pode comprometer toda a operação.

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