Biden prepara pacote de ajuda de armas de US$ 725 milhões para a Ucrânia, dizem fontes

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O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está preparando um pacote de armas de 725 milhões de dólares para a Ucrânia, disseram duas autoridades norte-americanas nesta quarta-feira, enquanto o presidente cessante busca reforçar o governo em Kiev antes de deixar o cargo em janeiro.


Por Patricia Zengerle | Reuters

WASHINGTON - De acordo com um funcionário familiarizado com o plano, o governo Biden planeja fornecer uma variedade de armas antitanque dos estoques dos EUA para conter o avanço das tropas russas, incluindo minas terrestres, drones, mísseis Stinger e munição para Sistemas de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade (HIMARS).

O presidente dos EUA, Joe Biden, sai após fazer comentários no Jardim das Rosas da Casa Branca em Washington, EUA, em 26 de novembro de 2024. REUTERS / Nathan Howard / Foto de arquivo

O pacote também deve incluir munições de fragmentação, que normalmente são encontradas em foguetes do Sistema de Foguetes de Lançamento Múltiplo Guiado (GMLRS) disparados por lançadores HIMARS, de acordo com a notificação, vista pela Reuters.

A notificação formal ao Congresso do pacote de armas pode ocorrer já na segunda-feira, disse um funcionário.

O conteúdo e o tamanho do pacote podem mudar nos próximos dias, antes da esperada assinatura de Biden.

Isso marca um aumento acentuado no tamanho do recente uso de Biden da chamada Autoridade de Retirada Presidencial (PDA), que permite que os EUA retirem os estoques atuais de armas para ajudar aliados em caso de emergência.

Os anúncios recentes do PDA normalmente variam de US$ 125 milhões a US$ 250 milhões. Biden tem cerca de US$ 4 bilhões a US$ 5 bilhões em PDA já autorizados pelo Congresso que ele deve usar antes que o presidente eleito republicano Donald Trump assuma o cargo em 20 de janeiro.

Os Estados Unidos não exportam minas terrestres há décadas, e seu uso é controverso por causa do dano potencial aos civis. Embora mais de 160 países tenham assinado um tratado que proíbe seu uso, Kiev os pede desde que a Rússia lançou sua invasão em grande escala no início de 2022 e as forças russas os usaram na linha de frente.

As minas terrestres que seriam enviadas para a Ucrânia são minas terrestres "não persistentes", com um sistema de energia que dura pouco tempo, deixando os dispositivos não letais. Isso significa que - ao contrário das minas terrestres mais antigas - elas não permaneceriam no solo, ameaçando civis indefinidamente.

Atualmente, as forças russas estão obtendo ganhos na Ucrânia no ritmo mais rápido desde os primeiros dias da invasão de 2022, ocupando uma área com metade do tamanho de Londres no mês passado, disseram analistas e blogueiros de guerra esta semana.

Os Estados Unidos esperam que a Ucrânia use as minas em seu próprio território, embora tenham se comprometido a não usá-las em áreas povoadas por seus próprios civis.

Trump convocou na quarta-feira Keith Kellogg, um tenente-general aposentado que lhe apresentou um plano para acabar com a guerra na Ucrânia, para servir como enviado especial para o conflito. Encerrar rapidamente a guerra na Ucrânia foi uma das principais promessas de campanha de Trump, embora ele tenha evitado discutir como faria isso.

Reportagem adicional de Phil Stewart e Mike Stone

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