A situação em Aleppo é bastante tensa no momento. Nos últimos três dias, grupos terroristas lançaram um ataque em larga escala contra as forças do governo no noroeste do país.
Por Mohsen Khalif | HispanTV
Este ataque levou a intensos confrontos e deslocou milhares de famílias. De fato, o que está acontecendo na Síria hoje oferece uma imagem clara de um complexo jogo de xadrez internacional, jogado silenciosamente por meio de seus atores locais, a fim de reconfigurar e fragmentar o país árabe.
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Os Estados Unidos e seus aliados estão promovendo seus interesses e ambições, sem limites, buscando alcançar seus objetivos estratégicos usando uma ampla gama de ferramentas no terreno. Essas ferramentas incluem, entre outros, o grupo Hayat Tahrir al-Sham (anteriormente conhecido como Frente al-Nusra) e outros grupos extremistas.
É por isso que Aleppo, que continua a pagar um preço muito alto em sua luta contra organizações terroristas de todos os tipos, não é exceção. Os últimos desenvolvimentos na cidade fazem parte de um longo processo que começou há vários anos, impulsionado por agências de inteligência dos EUA e de Israel, com apoio árabe e sob a supervisão de potências ocidentais.
Durante esse tempo, o crescimento dos grupos takfiri foi incentivado com o objetivo de cumprir uma agenda de destruição de Aleppo, uma cidade que travou batalhas amargas para defender sua integridade e a de seu povo, pagando um custo humano considerável. No entanto, ela saiu mais forte e determinada. Dia após dia, pode-se ver operações militares bem-sucedidas executadas pelas forças do exército sírio e seus aliados, que continuam avançando em várias frentes, enquanto as facções armadas são forçadas a sofrer derrotas e reveses.
O fracasso do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu em sua guerra genocida contra a Faixa de Gaza sitiada e a extensão de seu fracasso ao Líbano refletem a incapacidade de Israel de atingir seus objetivos na região. Diante desse panorama, o regime sionista busca ampliar o conflito, apoiando incondicionalmente organizações armadas e extremistas para enfraquecer a unidade e a estabilidade da Síria, tudo em consonância com os interesses estratégicos de Washington e Tel Aviv na região.
Israel intensificou suas operações militares na Síria, cruzando todas as linhas vermelhas, atacando aeroportos civis e edifícios residenciais em Damasco e arredores, resultando na morte de dezenas de civis.
De fato, o complô contra Aleppo atingiu seu auge em meio à crise atual, com o terrorismo intensificando seu ataque por meio de bombardeios indiscriminados de vários de seus bairros.
Entre os alvos estão as áreas residenciais de Al-Qubtan, Jabal Haur, Jabal Sheikh Aqil, Baseratoun, Bala e as áreas próximas à cidade de Darat Izzah, a oeste de Aleppo, deixando para trás um grande número de mortos e feridos.
Tudo isso ocorre depois de mais de 13 anos de fracassos em atingir seus objetivos, enquanto o plano ocidental segue em frente, executado por atores árabes e muçulmanos, bem como extremistas para criar o caos e enfraquecer a Síria. Tudo isso se deve à importância estratégica e militar que este país tem como ator-chave na região.
Nesse contexto, uma das principais razões pelas quais as facções terroristas intensificaram seus ataques a Aleppo e suas instituições governamentais é seu fracasso e desespero no campo de batalha. Com a continuação das negociações para que esses grupos entreguem suas armas e se juntem ao exército sírio, seus esforços se limitaram a semear o caos e tentar desestabilizar as áreas libertadas. Além disso, eles estão aproveitando as tensões regionais e internacionais, incluindo os recentes ataques israelenses em Gaza e no sul do Líbano.
A intensidade dos atuais combates em Aleppo e a confusão de atores como Turquia, Israel e EUA sugerem que estamos na fase final deste conflito, com importantes mudanças estratégicas e políticas em jogo. A pergunta que muitos estão fazendo, tanto dentro quanto fora da Síria, é: para onde estão indo os eventos em Aleppo?
Em suma, o exército sírio enviou mensagens claras a seus inimigos de Aleppo: o povo sírio está determinado a realizar grandes operações de libertação em Idlib. Um golpe de ferro está prestes a vir e não haverá misericórdia para os conspiradores, não importa quem os apoie.
Em suma, os sírios hoje renovam sua determinação de continuar a luta para libertar seu país do terrorismo da Al Qaeda e seus vários ramos. Portanto, as próximas horas podem trazer mais surpresas e desenvolvimentos. Tudo indica a resiliência e perseverança do exército sírio, que está determinado a dar um golpe final na batalha, tendo demonstrado sua solidez, coesão e capacidades excepcionais no campo militar.
