Posto de vacinação contra a poliomielite em Gaza sofre ataque com 22 mortos (VIDEO)

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Escola seria usada na segunda rodada da campanha; ato separado na mesma noite incendiou tendas no pátio de um hospital onde várias pessoas desabrigadas dormiam; norte do enclave passa por aumento de bombardeios e combates, com 400 mil pessoas sob risco.


ONU News

Nesta segunda-feira começou a segunda rodada de vacinação contra a poliomielite para milhares de crianças no centro de Gaza. No entanto, uma das escolas que seria usada como posto foi atingida por um ataque deixando 22 pessoas mortas.

Profissionais de saúde entregam kits de vacinação contra a poliomielite em Gaza em Setembro de 2024 | Ocha/Themba Linden

Um outro incidente atingiu o pátio de hospital em Deir Al-Balah, onde várias tendas foram incendiadas enquanto as pessoas dormiam.

Tendas queimadas

Imagens compartilhadas pela Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, mostraram equipes de resgate procurando por sobreviventes no hospital Al Aqsa, em meio a tendas queimadas e estruturas de metal destruídas.

A porta-voz da agência, Louise Wateridge, disse que ao longo da noite falou com um colega abrigado no complexo que contou que sobreviveu “milagrosamente”, pois o fogo pegou em todos os lugares, até mesmo na barraca onde dormia.

Imagens de vídeo mostraram um incêndio intenso e fumaça emanando do meio de uma série de grandes abrigos com tendas, enquanto equipes de emergência removiam o que parecia ser um corpo gravemente queimado de uma tenda carbonizada.

Segundo Wateridge, estes dois ataques foram “apenas um dos muitos incidentes durante a noite na Faixa de Gaza”. Ela ressaltou que as vítimas são pessoas que estão “apenas tentando encontrar um lugar para dormir, tentando encontrar alguma segurança na Faixa de Gaza, onde não há absolutamente nenhuma”.

Avanço da vacinação

Apesar da guerra em andamento em Gaza, desencadeada pelos ataques terroristas liderados pelo Hamas no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, a Unrwa confirmou que centenas de funcionários e parceiros da ONU começaram a segunda rodada de vacinação contra a poliomielite.

Em uma escola da agência transformada em abrigo em Deir Al Balah, os jovens fizeram fila para receber a dose da vacina, uma cena que deve se repetir no centro de Gaza pelos próximos três dias, até que as equipes se movam para o sul por mais 72 horas.

O objetivo é atingir cerca de 590 mil crianças menores de 10 anos em menos de duas semanas.

Como parte da campanha, as crianças receberão vitamina A, além da nova vacina oral contra a poliomielite tipo 2, para ajudá-las a suportar a ameaça de doenças causadas por suas “condições extremamente terríveis de higiene e saneamento”.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, OMS, a primeira rodada, de 1 a 12 de setembro, vacinou com sucesso 559.161 crianças, ou cerca de 95% dos jovens elegíveis a nível provincial.

Necessidades “desesperadoras” no norte

De acordo com a Unrwa, a área mais difícil de vacinar continua sendo o norte, onde “nenhuma ajuda alimentar” entrou desde 1º de outubro.

O Escritório da ONU de Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, disse que “nenhum item essencial” foi autorizado a cruzar os postos de controle que vão do sul para o norte.

O coordenador humanitário da ONU no Território Palestino Ocupado, Muhannad Hadi, disse que “a pressão sobre mais de 400 mil pessoas que permanecem no norte de Gaza para partir para o sul está aumentando”.

Ele observou que os militares israelenses voltaram a emitir ordens de evacuação em 7, 9 e 12 de outubro. Mais de 50 mil pessoas foram deslocadas da área do campo de Jabaliya, que continua sitiado, “enquanto outras permanecem presas em suas casas em meio ao aumento de bombardeios e combates”, disse ele.

O alto funcionário da ONU ressaltou que as necessidades no norte continuam de desespero, em meio a operações militares que fecharam “poços de água, padarias, postos médicos e abrigos”.

Os confrontos também suspenderam serviços de proteção, tratamento de desnutrição e espaços temporários de aprendizagem. Segundo Hadi, os hospitais “observaram um influxo de ferimentos por trauma”.


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1Comentários

  1. O nome disso é terrorismo. Mas como foram judeus que cometeram o crime, então a imprensa fica calada. Se fosse a Rússia, o terror estaria estampado em todas as capas, com edições especias nas TVs, em todos os noticiários. Mas foram judeus que cometeram o genocídio. Então, tudo bem.

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