O secretário-geral da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, discutiu a guerra na Ucrânia e o "plano de vitória" de Kiev com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, nesta quinta-feira, depois de chegar à capital ucraniana em sua primeira viagem oficial desde que se tornou secretário-geral da aliança.
Max Hunder | Reuters
KIEV - Zelenskiy disse em uma coletiva de imprensa conjunta que gostaria de ver os aliados de Kiev derrubando mísseis iranianos e drones usados pela Rússia em ataques à Ucrânia, como alguns dos aliados de Israel fizeram quando Teerã atacou Israel com mísseis nesta semana.
Novo secretário-geral da Otan, Mark Rutte, ao lado do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, em entrevista coletiva em Kiev 03/10/2024 REUTERS/Valentyn Ogirenko |
Zelenskiy também pediu aos aliados que permitissem ataques profundos à Rússia com armas fornecidas por eles, dizendo que eles estavam "atrasando" uma decisão.
Permitir que Kiev atinja alvos nas profundezas da Rússia aumentaria sua capacidade de interromper a logística e as cadeias de comando russas. Receosos com a resposta da Rússia a tal medida, os aliados da Ucrânia não tomaram essa atitude.
Rutte afirmou o compromisso da aliança de defesa ocidental com o fato de a Ucrânia vir a se tornar membro da Otan.
"A Ucrânia está mais próxima da Otan do que nunca e continuará nesse caminho até garantir sua adesão à Otan", disse ele.
A Rússia, que iniciou sua invasão em grande escala da Ucrânia em fevereiro de 2022, há muito tempo se opõe à adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Rutte expressou forte apoio à Ucrânia na terça-feira, depois de assumir o cargo de secretário-geral da Otan no lugar de Jens Stoltenberg.
Rutte atuou como primeiro-ministro da Holanda até o início deste ano e, nessa função, foi considerado um aliado de Kiev, aprovando a transferência de caças F-16 holandeses para a Ucrânia.