Ministro da Defesa chinês diz ao seu homólogo russo que quer 'aprofundar a colaboração'

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O ministro da Defesa chinês, Dong Jun, afirmou nesta segunda-feira (14) em Pequim ao seu homólogo russo, Andrei Belousov, que os seus dois exércitos deveriam "aprofundar a sua colaboração estratégica", mas sem fazer qualquer referência ao conflito na Ucrânia.


France Presse

Andrei Belousov chegou nesta segunda-feira a Pequim para uma visita oficial, em um contexto de aproximação diplomática, militar e econômica entre a Rússia e a China e tendo como pano de fundo as sanções ocidentais contra Moscou.

O ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, participa de uma reunião entre o presidente russo Vladimir Putin e o líder norte-coreano Kim Jong Un em Pyongyang em 19 de junho de 2024© Kristina Kormilitsyna

"A amizade entre os nossos dois países foi testada, mas permanece inabalável e torna-se mais forte com o tempo", sublinhou Dong Jun.

"Os exércitos chinês e russo devem seguir a direção indicada pelos nossos dois chefes de Estado, aprofundar a sua colaboração estratégica [...], defender firmemente os interesses comuns dos dois países e trabalhar em conjunto para manter a estabilidade estratégica global", acrescentou.

O Ministério da Defesa russo divulgou um vídeo de Belousov sendo recebido pelo seu homólogo chinês em um tapete vermelho, rodeado por soldados em posição de guarda.

Esta visita acontece uma semana antes da cúpula dos Brics na cidade russa de Kazan, durante a qual se espera a participação do presidente chinês, Xi Jinping, e um encontro com o presidente russo, Vladimir Putin.

Xi e Putin reuniram-se várias vezes nos últimos anos para demonstrar a "amizade sem limites" entre os seus países.

A relação bilateral foi reforçada desde a ofensiva que a Rússia lançou contra a Ucrânia em fevereiro de 2022.

Rússia e China denunciam a "hegemonia dos Estados Unidos" nas questões internacionais.

A China afirma ser neutra no conflito na Ucrânia e garante que não fornece armas a nenhuma das partes. Mas os Estados Unidos e vários países europeus acusam-na de fornecer armas à Rússia, alvo de fortes sanções ocidentais, um apoio econômico crucial para a guerra.

Como sinal da sua cooperação militar, os exércitos russo e chinês realizaram várias manobras militares no mês passado.

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