Israel prepara resposta militar "significativa" ao Irã

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Segundo imprensa israelense, general dos EUA viajou a Israel para participar de coordenação de retaliação. Operações israelenses também continuam prosseguindo no Líbano.


Deutsch Welle

Israel "está preparando uma resposta séria e significativa" ao ataque com mísseis lançado pelo Irã contra seu território na terça-feira, disse um oficial militar israelense neste sábado (05/11), segundo o jornal Times of Israel.

Caça israelense. Premiê do país afirmou nesta semana que Irã © IMAGO/ZUMA Press Wire

O regime fundamentalista do Irã lançou cerca de 200 mísseis contra Israel na terça-feira, o segundo ataque direto de sua história contra este país.

A espiral de ataques e contra-ataques alimentou temores de uma escalada ainda maior no conflito no Oriente Médio, que nesta semana também foi marcado pelo início de operações terrestres das Forças de Defesa de Israel no sul do Líbano.

Há um ano, a região também é palco de uma brutal guerra na Faixa de Gaza, que foi desencadeada por uma ofensiva terrorista do grupo palestino Hamas, apoiado pelo Irã, que provocou a morte de 1.200 pessoas em território israelense. Já em Gaza, mais de 40 mil pessoas já morreram, segundo autoridades de saúde ligadas ao Hamas.

As preparações para uma resposta israelense coincidem com a viagem do chefe do Comando Central dos Estados Unidos, general Michael Erik Kurilla, que chegou neste sábado a Israel. Segundo o jornal israelense Haaretz, Kurilla vai participar na coordenação da resposta do Estado judeu ao ataque iraniano.

O Canal 12, a emissora de TV mais popular de Israel, disse que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, realizará consultas adicionais de segurança esta noite para discutir o ataque.

Entre os possíveis alvos da resposta israelense estão as instalações petrolíferas iranianas, algo que os EUA têm procurado dissuadir Israel.

"Se eu estivesse em seu lugar, pensaria em outras alternativas além de atacar os campos petrolíferos", disse o presidente americano, Joe Biden, durante entrevista coletiva.

Na terça passada, ao final do ataque iraniano, Netanyahu assegurou que o Irã havia cometido um "grave erro" e que iria "pagar por isso".

O Irã alegou que o ataque foi uma resposta à morte do líder do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio israelense contra Beirute há uma semana, bem como à do antigo líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em um ataque em Teerã que Israel nunca reivindicou ou desmentiu.

Ações no Líbano

A morte de Nasrallah faz parte da constante campanha de bombardeios de Israel contra o Líbano, tendo como objetivo o Hezbollah, que nos últimos dias afetou o sul do país e o Vale do Bekaa, a leste, mas também a capital, Beirute.

Desde o início das hostilidades, os ataques de Israel forçaram 1,2 milhão a abandonar suas casas, principalmente no sul e no leste do país mediterrânico.

Neste sábado, o porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, assegurou que as forças armadas do seu país mataram cerca de 440 membros do grupo xiita Hezbollah durante suas incursões no sul do Líbano nos últimos dias.

"Estamos empurrando o Hezbollah para o norte. Alguns terroristas fugiram e outros estão sendo derrotados por nossas tropas em combates de curta distância", disse Hagari em uma aparição em vídeo neste sábado.

Segundo o porta-voz militar, entre as vítimas estão cerca de 30 comandantes de milícias, todos eles mortos em uma combinação de ataques aéreos e combates no terreno.

Durante os movimentos de tropas no sul do Líbano, militares da 98ª Divisão destruíram um túnel de cerca de 250 metros que ficava a cerca de 300 metros da fronteira entre Líbano e Israel.

"A infraestrutura subterrânea foi identificada e investigada durante as operações através da fronteira realizadas nas últimas semanas”, acrescentou Hagari, sem especificar quando essas operações ocorreram.

No referido espaço subterrâneo, os militares encontraram "centros de controle, equipamentos de combate e um grande número de armas que as forças Radwan do Hezbollah – um corpo de elite – iriam usar em uma invasão em Israel”.

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