O movimento Hezbollah do Líbano disse na terça-feira que não haverá negociações enquanto a luta com Israel continuar e reivindicou a responsabilidade exclusiva por um ataque de drone contra a casa de férias do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Timour Azhari e Laila Bassam | Reuters
BEIRUTE - O grupo "assume total e exclusiva responsabilidade" pelo ataque à casa de Netanyahu, afirmou Mohammad Afif, chefe do escritório de mídia do grupo militante apoiado pelo Irã, em uma coletiva de imprensa nos subúrbios do sul de Beirute.
Fumaça no sul do Líbano 22/10/2024 REUTERS/Aziz Taher |
"Se nossas mãos não chegaram até você da outra vez, então os dias, as noites e o campo de batalha ainda estão entre nós", disse ele.
Israel afirmou que um drone foi lançado contra a casa de férias de Netanyahu no sábado. Netanyahu não estava lá na ocasião, mas descreveu o ataque como uma tentativa de assassinato pelo "Hezbollah, representante do Irã" e o classificou como um "grave erro".
O Hezbollah também reconheceu, pela primeira vez, que Israel capturou alguns de seus combatentes desde que lançou uma ofensiva terrestre no sul do Líbano e disse que Israel era responsável pelo bem-estar deles.
O Hezbollah não capturou nenhum soldado israelense, mas chegou perto, declarou Afif. "Não vai demorar muito para termos prisioneiros do inimigo (Israel)".
Ele também negou que a Associação Al-Qard Al-Hassan do grupo estivesse envolvida no financiamento de salários ou armas do Hezbollah e que cumpriria integralmente suas obrigações para com os clientes, mesmo depois de Israel tê-la alvejado com cerca de 30 ataques no domingo.
Israel e os Estados Unidos dizem que a Al-Qard Al-Hassan, que tem mais de 30 estabelecimentos em todo o Líbano, é usada pelo Hezbollah para lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, afirmações que o grupo nega.