Condenações e pedidos de moderação após bombardeios israelenses contra o Irã

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Os bombardeios israelenses contra instalações de produção de mísseis no Irã na madrugada deste sábado (26) receberam condenações de vários países da região e pedidos de moderação dos países ocidentais.


France Presse

Confira as principais reações:

O tráfego voltou ao normal em Teerã após os bombardeios israelenses durante a madrugada © ATTA KENARE

- Irã -

Teerã condenou os bombardeios contra o seu território e afirmou que tem "o direito e o dever de se defender contra os atos de agressão estrangeiros".

"O Irã considera que tem o direito e o dever de se defender contra atos de agressão estrangeiros, com base no direito inerente de autodefesa consagrado no artigo 51 da Carta das Nações Unidas", afirmou o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado.

- Arábia Saudita -

Riad condenou os ataques israelenses contra o Irã e fez um alerta contra uma ampliação do conflito na região, onde Israel está em guerra em Gaza e no Líbano.

"O Reino da Arábia Saudita condena" os ataques israelenses no Irã e reitera a sua "firme posição de rejeição à escalada do conflito na região, que ameaça a segurança e a estabilidade dos países e povos" do Oriente Médio, afirmou o Ministério das Relações Exteriores na rede social X.

- Emirados Árabes Unidos -

Abu Dhabi também condenou os bombardeios israelenses e se declarou "profundamente preocupado com a escalada contínua e suas consequências para a segurança e estabilidade regionais".

- Catar -

O Catar denunciou uma "violação flagrante da soberania do Irã", segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores, e pediu a "todas as partes envolvidas que demonstrem moderação e resolvam suas divergências por meio do diálogo e de meios pacíficos".

- Paquistão -

O Paquistão também "condenou" os bombardeios israelenses e atribuiu "toda a responsabilidade da escalada e da extensão do conflito" a Israel, país que não reconhece.

O Paquistão é um importante aliado regional dos Estados Unidos e tem fronteira com o Irã.

- Iraque -

O governo iraquiano alertou para as "consequências perigosas do silêncio da comunidade internacional" diante do "comportamento brutal" de Israel.

"O Iraque já alertou para as consequências perigosas do silêncio da comunidade internacional diante do comportamento brutal" de Israel para com os palestinos, e de seus ataques no Líbano e na Síria, lamentou o porta-voz do governo iraquiano, Basim Alawadi.

O porta-voz acusou Israel de continuar "expandindo o conflito na região com ataques realizados impunemente".

- Síria -

A Síria condenou a "agressão israelense" contra o território iraniano e afirmou que apoia "o direito legítimo de defesa do Irã".

O Ministério das Relações Exteriores expressou "solidariedade" ao Irã e afirmo que apoia "o direito legítimo do Irã de se defender e proteger seu território e a vida de seus habitantes".

- Reino Unido -

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse que o "Irã não deve responder" aos bombardeios israelenses.

"Está claro que Israel tem o direito de se defender contra a agressão iraniana e é igualmente claro que devemos evitar uma nova escalada regional, e peço a todas as partes que exerçam moderação", disse.

- França -

A França fez um apelo para que as partes "se abstenham de qualquer escalada ou ação que possa agravar o contexto de extrema tensão que prevalece na região", segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

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