Assinado pelas autoridades da Argentina em abril de 2024, o contrato de compra de 24 caças F-16AM/BM de segunda mão da Dinamarca se destacou pelo baixo custo: US$ 301 milhões. Porém, agora, o país vizinho terá que planejar o desembolso de mais do triplo desse montante. A aquisição de armamentos e equipamentos, além do fornecimento de suporte inicial para a operação das aeronaves, terá um valor inicialmente estipulado em US$ 941 milhões.
Humberto Leite | Revista ASAS
O dado consta na autorização dada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos para que a Argentina faça negócios com empresas norte-americanas, mais notadamente a Lockheed Martin, além do próprio governo dos EUA. Não é uma doação, e sim uma autorização: na prática, os argentinos agora estão liberados para assinar esses novos contratos.
Assinatura do contrato de compra dos F-16 da Argentina. Foto: Governo da Argentina |
O pacote autorizado inclui 36 mísseis AIM-120C Advanced Medium-Range Air-to-Air Missile (AMRAAM), 102 bombas MK-82 de 227 kg e 50 kits para bombas laser GBU-12 Paveway II. Também poderão ser vendidos diversos equipamentos de apoio, como rádios, dispositivos de criptografia, chaff e flares, equipamentos de comunicação e até serviços de reabastecimento aéreo e transporte para as aeronaves.
Chama a atenção o baixo número de mísseis: apenas 36 AIM-120 não seriam suficientes sequer para armar todas as aeronaves com sua carga máxima. Também não foram citados os AIM-9 Sidewinder de curto alcance. Outro detalhe relevante é que as futuras vendas não incluem qualquer tipo de compensação, como acordos de offset ou transferência de tecnologia.
O documento oficial de liberação destaca que essas vendas não vão alterar o balanço de forças na América Latina. Caso o governo da Argentina tenha interesse em comprar mais armamentos, será necessário obter uma nova autorização do Departamento de Estado do governo dos Estados Unidos.
Isso demonstra, ilustra, como os EUA ganham dinheiro com suas colônias para alimentar suas guerras longe de seu território.
ResponderExcluirVendem equipamento velho com armas "novas" que só podem ser usadas com autorização e que custam caríssimo.
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