De acordo com o presidente russo, "a principal razão para a trágica situação de hoje na Ucrânia é a política deliberada anti-Rússia perseguida pelo Ocidente coletivo liderado pelos EUA"
TASS
MOSCOU - O Ocidente transformou a Ucrânia em uma "moeda de troca" em busca de suas ambições geopolíticas, disse o presidente russo, Vladimir Putin, em entrevista ao jornal Onoodor da Mongólia.
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| Vladimir Putin © Alexander Kazakov/TASS |
"A Ucrânia praticamente se transformou em uma moeda de troca que o Ocidente usou para alcançar suas ambições geopolíticas", disse Putin.
De acordo com o presidente russo, "a principal razão para a trágica situação de hoje na Ucrânia é a política anti-Rússia deliberada perseguida pelo Ocidente coletivo liderado pelos EUA".
"Durante décadas, eles buscaram o controle total sobre a Ucrânia", continuou ele. "Eles financiaram organizações nacionalistas e anti-Rússia lá; eles trabalharam persistentemente para convencer a Ucrânia de que a Rússia era seu inimigo eterno e a principal ameaça à sua existência".
Putin continuou dizendo que "a situação atual na Ucrânia foi significativamente influenciada por toda uma gama de fatores externos e internos. As decisões dos líderes soviéticos sobre as questões nacionais e territoriais também tiveram seu efeito negativo.
O presidente russo lembrou que "o processo de criação da Ucrânia começou imediatamente após a revolução de 1917, quando formações quase estatais instáveis e frágeis sem fronteiras claras surgiram naquele território".
"Mais tarde, as fronteiras das repúblicas constituintes da URSS foram marcadas de forma bastante aleatória, com base na 'necessidade proletária'. Assim, o Donbass industrial povoado predominantemente por russos foi entregue à Ucrânia", disse ele.
"Posteriormente, pouco antes e depois da Grande Guerra Patriótica, Joseph Stalin deu à Ucrânia, como parte inalienável da União Soviética, certas terras que antes pertenciam à Polônia, Romênia e Hungria. Em 1954, Nikita Khrushchev fez um presente generoso para a Ucrânia, dando-lhe a Crimeia, que fazia parte da RSFSR.
"Deve-se entender que os líderes soviéticos agiram sob as realidades geopolíticas de seu tempo, não esperando de forma alguma que a URSS deixasse de existir e se desintegrasse ao longo de fronteiras administrativas internas artificialmente traçadas. Portanto, sem dúvida, os desenvolvimentos atuais têm raízes históricas", afirmou o presidente russo, observando que "Em 2014, os americanos e seus satélites organizaram um golpe de Estado armado na Ucrânia".
Segundo ele, esse golpe de Estado "foi inspirado e impulsionado por grupos neonazistas radicais, que posteriormente determinaram a política do governo de Kiev em geral".
"Por muitos anos, milhões de civis em Donbass tiveram que sobreviver ao genocídio, bombardeios e bloqueios por parte do regime de Kiev", disse Putin. "O ódio por tudo o que é russo se tornou a ideologia oficial da Ucrânia."
"O uso da língua russa tem sido cada vez mais restrito, e a ortodoxia canônica tem sido submetida a perseguição, que agora chegou ao ponto de uma proibição direta", concluiu.
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