A chamada coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos na Síria violou os protocolos de desconflito três vezes em um único dia, informou nesta sexta-feira (20) o capitão de primeira classe Oleg Ignatuk, vice-chefe do centro russo para a reconciliação das partes em conflito no país.
Sputnik
"Em um dia, foram registrados três casos de violação das disposições dos Protocolos de Desconflito de 9 de dezembro de 2019, relacionados a voos de drones não coordenados com a parte russa. Na região de At-Tanf, foram registradas dez violações por parte da aviação da 'coalizão' das regras de uso do espaço aéreo da República Árabe da Síria: uma dupla de caças F-15 (três vezes) e uma dupla de aviões de ataque A-10 (duas vezes)", diz o representante em comunicado.
Ignatuk acrescentou que tais ações coordenadas pelos EUA criam condições perigosas para incidentes e acidentes aéreos, além de agravar a situação no espaço aéreo da Síria.
Recrutamento de terroristas pela Ucrânia na Síria
Nesta semana, o jornal Al-Watan chegou a denunciar o chefe da Diretoria Principal de Inteligência (GUR, na sigla em ucraniano) do Ministério da Defesa da Ucrânia, Kirill Budanov, sobre o contato com terroristas da Tahrir al-Sham (novo nome da Frente Fatah al-Sham, organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países). O objetivo seria recrutar terroristas para atuarem pela Ucrânia na província síria de Idlib contra a Rússia.
"Continua o contato permanente entre o chefe da inteligência ucraniana, Kirill Budanov, e o líder do grupo terrorista Fatah al-Sham, apelidado de Abu Mohammad al-Julani, com o objetivo de vender terroristas-mercenários para posterior envio à Ucrânia para a guerra contra o Exército russo", afirmou o veículo em artigo.
De acordo com fontes do jornal, o recrutamento ocorre há pelo menos dois meses.