Suspeito é morto próximo a consulado de Israel em Munique

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Homem armado disparou antes de ser abatido, em caso tratado pela polícia como atentado terrorista. Episódio ocorre no aniversário de 52 anos do atentado nos Jogos Olímpicos de Munique, que matou 11 atletas israelenses.


Deutsch Welle

A polícia alemã baleou nesta quinta-feira (05/09) um suspeito próximo a um arquivo de documentos da era nazista e ao Consulado-Geral de Israel em Munique, na Baviera, a poucos metros do centro histórico da cidade.

Ainda não está claro se a ação da polícia evitou um atentado | Foto: Matthias Schrader/AP Photo/picture alliance

O suspeito, um homem de 18 anos nascido na Áustria, portava uma arma de cano longo e chegou a efetuar disparos antes de ser interceptado e morto pelos agentes. Não houve outros feridos.

A polícia trata o caso como atentado terrorista contra o consulado israelense, mas disse que ainda investiga a motivação do crime.

O semanário alemão Der Spiegel alega que o suspeito já era conhecido pelas autoridades de segurança como um radical islâmico.

"Forças policiais atiraram em um suspeito na região da Karolinenplatz", informou a polícia via redes sociais. A instituição, porém, disse não ter indícios de uma ação em outros lugares ou outros suspeitos além do rapaz baleado.

Em um vídeo publicado no X por um repórter do jornal alemão Sueddeutsche Zeitung é possível ouvir diversos disparos.

O caso é investigado pela Procuradoria-Geral em Munique e pela Central da Baviera para o Combate ao Extremismo e ao Terrorismo.

O episódio ocorre no mesmo dia do atentado terrorista de 1972 nos Jogos Olímpicos de Munique, quando o grupo palestino "Setembro Negro" assassinou onze integrantes da equipe israelense.

Ministra do Interior agradece à polícia

Perguntada sobre o episódio durante uma coletiva de imprensa que tratava de outro tema, a ministra alemã do Interior, Nancy Faeser, disse nesta quinta-feira que não queria se precipitar com especulações, mas que o caso era "sério".

Faeser agradeceu à polícia de Munique pela reação e disse a repórteres que a "proteção de instalações judaicas e israelenses tem a mais alta prioridade".

O Ministério do Exterior de Israel disse que o consulado estava fechado no momento dos tiros, por causa de um evento em memória do ataque de 1972, e que nenhum funcionário da representação diplomática foi ferido.

O atentado foi condenado pelo presidente de Israel, Isaac Herzog. Após um telefonema com o seu homônimo alemão, Frank-Walter Steinmeier, Herzog agradeceu às autoridades de segurança pela ação rápida.

A Alemanha, assim como vários outros países na Europa, tem estado alerta para potenciais riscos de segurança a instalações israelenses em meio à guerra em Gaza e às tensões no Oriente Médio desde o ataque terrorista de 7 de outubro a Israel.

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