O Itamaraty informou que enviou instruções para a Embaixada do Brasil no Líbano para que seja iniciado um processo de consulta com os brasileiros que vivem no país, alvo de ataques de Israel. O objetivo é saber se o grupo quer ajuda do Estado para ser repatriado.
Lorena Barros e Jamil Chade | UOL, em São Paulo e em Nova York
Em Nova York para as reuniões da ONU, o governo brasileiro indicou que está em contato constante para avaliar como dar assistência. A operação, caso tenha de ser implementada, ocorreria nos mesmos moldes que foram realizadas as evacuações de brasileiros que estavam em Israel e Gaza, no ano passado.
O que aconteceu
Brasileiros serão questionados se há intenção de sair do Líbano. As respostas darão base a um plano de repatriação dos cidadãos na região.
Aqueles que optem por continuar no Líbano devem sair das regiões do sul, mais próximas a Israel. Zonas de fronteira e outras áreas de risco também devem ser evitadas.
Moradores também foram orientados a evitar aglomerações e protestos. O Itamaraty ainda pediu que brasileiros chequem se seus passaportes têm ao menos seis meses de validade e mantenham dados de cadastramentos atualizados com o setor consular no país.
Aqueles que optem por continuar no Líbano devem sair das regiões do sul, mais próximas a Israel. Zonas de fronteira e outras áreas de risco também devem ser evitadas.
Moradores também foram orientados a evitar aglomerações e protestos. O Itamaraty ainda pediu que brasileiros chequem se seus passaportes têm ao menos seis meses de validade e mantenham dados de cadastramentos atualizados com o setor consular no país.
Estimativa do governo é de que 20 mil brasileiros vivam hoje no Líbano. A informação foi obtida pelo UOL junto a fontes do governo federal.
Contatos para quem está no Líbano e busca informações de segurança. Brasileiros podem procurar o Itamaraty pelos seguintes números: sala de operações do Sul do Líbano: 07753684; sala de operações de Baalbeck Hermel: 08371479; sala de operações de Nabatiyyeh: 07769002; sala de operações do Bekaa: 08803905.
Crise entre dois países foi intensificada
Explosões de pagers e o bombardeio israelense que matou cúpula militar do Hezbollah intensificaram conflitos. Um ataque a uma área residencial no subúrbio de Beirute matou o líder sênior Ibrahim Aqil e outro comandante, Ahmed Wahbi, na sexta-feira. Este é considerado o ataque mais mortal na região desde o 7 de outubro.
Após as explosões, Hezbollah anunciou que "abriu uma segunda frente" de combate contra Israel. A ofensiva ocorre, segundo o grupo extremista, em solidariedade aos palestinos que enfrentam uma ofensiva israelense mais ao sul, em Gaza. A organização prometeu lutar até um cessar-fogo na guerra paralela de Gaza.
Após as explosões, Hezbollah anunciou que "abriu uma segunda frente" de combate contra Israel. A ofensiva ocorre, segundo o grupo extremista, em solidariedade aos palestinos que enfrentam uma ofensiva israelense mais ao sul, em Gaza. A organização prometeu lutar até um cessar-fogo na guerra paralela de Gaza.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, declarou que os ataques continuariam até que fosse seguro para as pessoas evacuadas no norte retornarem, preparando o cenário para um longo conflito. O exército israelense disse que atingiu cerca de 290 alvos no sábado, incluindo milhares de lançadores de foguetes do Hezbollah, e que continuaria a atingir mais.
Número de mortos no conflito no país desde outubro ultrapassou 750. Este é considerado o pior conflito entre Israel e Hezbollah desde a guerra de 2006.