A imprensa internacional especula que havia 25 gramas do explosivo nos aparelhos de comunicação do Hezbollah, que explodiram após ataque coordenado.
Fantástico
A tensão no oriente médio subiu nesta semana com um ataque coordenado e surpreendente: milhares de pagers explodiram ao mesmo tempo no Líbano deixando mortos e feridos. No dia seguinte, walkie-talkies também explodiram, fazendo novas vítimas.
Momento da explosão controlada feita pelo Exército feita com PETN — Foto: TV Globo/Reprodução |
Os aparelhos eram usados por integrantes do grupo extremista Hezbollah, que acusou Israel. A imprensa internacional especula que havia cerca de 25 gramas de um explosivo chamado PETN dentro dos aparelhos. No Brasil, o Exército utiliza este material para destruir obstáculos na movimentação de tropas.
O capitão Antônio Silveiro acha possível que um sistema instalado tenha superaquecido a bateria dos aparelhos, mas explica que as baterias tendem mais a pegar fogo do que explodir.
"Um aquecimento excessivo pode ser um iniciador de um PETN. Então, ele é um explosivo sensível suficiente para iniciar através de uma de um superaquecimento, algo acima de 150 graus", fala.
O Exército fez uma demonstração de como seria o estrago com os 20 gramas do explosivo:
💥no 1º Batalhão de Engenharia de Combate, no Rio, os militares prenderam o explosivo na farda que cobria um boneco;
💥o detonador é ligado ao controle remoto por um cabo de eletricidade;
💥todos ficaram a uma distância segura.
"Vai detonar em 3, 2, 1"
A explosão poderosa teria provavelmente esquartejado alguém. O militar acha que havia uma quantidade bem menor de PETN.
O que a explosão controlada também mostra é uma fumaça branca, que se dissipa rápido - diferente das imagens da segunda rodada de explosões no Líbano.
"De modo geral, os compostos nitrosos geram uma fumaça de coloração mais escura. Quando mais impureza em um composto, mais fumaça escura", diz o capitão.
As explosões são um sinal de agravamento do conflito. O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, reconheceu que o grupo sofreu um golpe sem precedentes. Ele disse que Israel cruzou todas as regras, leis e linhas vermelhas. O chefe do Hezbollah prometeu uma "punição justa e severa".
O governo israelense anunciou um novo período de guerra, mas não confirmou ou negou que esteja por trás das explosões no Líbano. Os rivais entenderam a mensagem.
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