O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia afirmou que a Ucrânia utilizou mísseis ocidentais para destruir uma ponte sobre o rio Seym na região de Kursk, matando voluntários que tentavam evacuar civis.
France Presse
“Pela primeira vez, a região de Kursk foi atingida por lança-foguetes de fabrico ocidental, provavelmente HIMARS americanos”, afirmou Maria Zakharova, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo no Telegram.
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“Como resultado do ataque à ponte sobre o rio Seym, no distrito de Glushkovo, esta foi completamente destruída e os voluntários que estavam a ajudar civis foram mortos”.
Não há indicação de quantos voluntários foram mortos no ataque à ponta na sexta-feira (16.08).
Os mísseis americanos HIMARS fornecidos à Ucrânia têm um alcance de cerca de 80 km.
Este sábado (17.08), o Ministério da Defesa russo acusou a Ucrânia de planear atacar a central nuclear de Kursk e de atribuir a Moscovo a culpa dessa “provocação”, segundo a agência noticiosa Interfax.
O ministério sublinhou que a Rússia responderia duramente no caso de um ataque deste tipo, que, segundo diz, contaminaria uma grande área circundante.
Ucrânia reforça posições
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que as suas tropas reforçaram as posições na região de Kursk, quase duas semanas após a sua incursão.A Ucrânia afirma ter-se apoderado de mais de 80 localidades em mais de 1.150 quilómetros quadrados em Kursk desde 6 de agosto, na maior invasão da Rússia desde a Segunda Guerra Mundial.
Segungo Zelensky, o chefe do exército, Oleksander Syrskyi, informou que as tropas ucranianas continuaram a avançar e também fizeram prisioneiros mais militares russos.
Já o Ministério da Defesa da Rússia, citado pela agência noticiosa Interfax, afirmou hoje que as forças russas repeliram vários ataques ucranianos na região de Kursk, mas não referiu a recaptura de qualquer território.
As forças ucranianas tentaram, sem sucesso, avançar em direção às aldeias de Kauchuk e Alekseyevskiy, que se situam sensivelmente a meio caminho entre a fronteira ucraniana e a central nuclear de Kursk.