O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, disse na terça-feira que o envolvimento dos Estados Unidos na incursão da Ucrânia na região de Kursk, no oeste da Rússia, é "um fato óbvio", informou a agência de notícias estatal TASS.
Reuters
MOSCOU - Washington diz que não foi informada sobre os planos da Ucrânia antes de sua incursão em Kursk em 6 de agosto. Os Estados Unidos também disseram que não fizeram parte da operação.
Vice-chanceler russo Sergei Ryabkov 16/10/2023 Sputnik/Gavriil Grigorov/Pool via REUTERS |
Ryabkov disse que não era mais uma acusação de que os Estados Unidos estavam envolvidos, mas "um fato óbvio".
"O caminho de escalada de Washington está se tornando cada vez mais desafiador", declarou Ryabkov, de acordo com agências de notícias russas.
"A impressão é que os colegas (dos EUA) jogaram fora os resquícios de bom senso e acreditam que tudo é permitido para eles. Abordagens semelhantes são seguidas por sua clientela em Kiev."
Ryabkov disse que tal ação poderia levar a sérias consequências em termos da reação da própria Rússia e que Washington estava ciente de como Moscou poderia reagir.
A Rússia afirmou que armamentos ocidentais, incluindo tanques britânicos e sistemas de foguetes dos EUA, foram usados pela Ucrânia em Kursk. Kiev confirmou o uso de mísseis Himars dos EUA para derrubar pontes em Kursk.
O New York Times informou que os Estados Unidos e o Reino Unido forneceram à Ucrânia imagens de satélite e outras informações sobre a região de Kursk nos dias seguintes ao ataque ucraniano.
Segundo o Times, o objetivo da inteligência era ajudar a Ucrânia a rastrear melhor os reforços russos que poderiam atacá-los ou interromper sua eventual retirada de volta para a Ucrânia.