O assunto das negociações com a Ucrânia perdeu sua relevância no momento, nem todos os relatos sobre contatos são verdadeiros, disse hoje (26) o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, afirmando que não houve conversas entre a Rússia e a Ucrânia mesmo antes do ataque à região de Kursk.
Sputnik
No dia 6 de agosto, as tropas ucranianas lançaram um ataque à região de Kursk, na Rússia. A ação marcou a agressão mais significativa da Ucrânia contra a Rússia desde fevereiro de 2022.
Comentando o ataque, o presidente russo Vladimir Putin disse que a Ucrânia havia realizado outra provocação em larga escala, atirando indiscriminadamente em alvos civis. O inimigo terá uma resposta adequada, acrescentou Putin.
"Você sabe que o assunto das negociações, no momento, perdeu bastante sua relevância. Relatos sobre vários contatos na mídia são publicados em grande quantidade, e nem todos eles têm, de fato, um caráter verdadeiro", disse Peskov em uma coletiva de imprensa.
Quando perguntado pela Sputnik se as negociações entre a Rússia e a Ucrânia haviam de fato ocorrido antes da incursão das Forças Armadas da Ucrânia na região de Kursk, Peskov respondeu:
"Não, não houve negociação."
"Você sabe que o assunto das negociações, no momento, perdeu bastante sua relevância. Relatos sobre vários contatos na mídia são publicados em grande quantidade, e nem todos eles têm, de fato, um caráter verdadeiro", disse Peskov em uma coletiva de imprensa.
Quando perguntado pela Sputnik se as negociações entre a Rússia e a Ucrânia haviam de fato ocorrido antes da incursão das Forças Armadas da Ucrânia na região de Kursk, Peskov respondeu:
"Não, não houve negociação."
Falando sobre a reação das autoridades russas ao ataque à região de Kursk, Peskov disse que tais ações hostis não podem ficar sem resposta, assegurando que haverá uma resposta, não se tratando de uma decisão única.
Além disso, os jornalistas tocaram na questão da prisão do fundador do aplicativo de mensagens Telegram, Pavel Durov, na França.
Segundo Peskov, o Kremlin não acha correto comentar a prisão de Durov agora, pois ainda não se sabe do que ele é acusado.
"Vamos aguardar o anúncio das acusações, se forem anunciadas, se for o caso", respondeu o porta-voz do presidente russo, indicando que o presidente russo Vladimir Putin e Pavel Durov não se encontraram durante a recente visita do líder russo a Baku.
No sábado (24) à noite, a mídia francesa informou que o fundador do Telegram, Pavel Durov, que nasceu e começou sua carreira na Rússia, foi detido no aeroporto de Le Bourget, ao sair de seu jato chegado do Azerbaijão.
De acordo com a imprensa francesa, Durov, que tem, entre outras, cidadania francesa, estava na lista de procurados do país.
A Justiça francesa considera que Durov está envolvido em crimes por uma série de razões, incluindo a recusa do Telegram em cooperar com as autoridades do país.
O fundador do aplicativo de mensagens pode enfrentar acusações de terrorismo, tráfico de drogas, fraude e lavagem de dinheiro, entre outras. De acordo com o jornalista francês Cyril Amursky, o empresário pode pegar até 20 anos de prisão.
Por sua vez, a embaixada russa na França disse à Sputnik que as autoridades francesas até agora têm se recusado a cooperar com a Rússia nessa questão.