Exército brasileiro lança cotação internacional para comprar 143 tanques de guerra e blindados

Futura compra faz parte do Programa Estratégico do Exército Forças Blindadas, contemplado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)

Por Paulo Assad | O Globo

Rio de Janeiro — O Estado-Maior do Exército lançou no início deste mês uma cotação internacional para a compra de 143 tanques de guerra e viaturas blindadas. A consulta pública visa buscar fornecedores no mercado nacional e internacional, além de pesquisar preços dos veículos de combate.

Exército quer comprar tanques de guerra e viaturas blindadas — Foto: Reprodução

A consulta foi aberta no dia 1º de agosto e vai até o início de novembro. A compra faz parte do Programa Estratégico do Exército Forças Blindadas, contemplado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A Força pretende adquirir até 78 blindados e 65 tanques.

Segundo o documento, o Exército busca obter também sistemas de treinamento do novo sistema de armas e acordos de compensação. Os tanques de guerra deverão ter uma torre de canhão de no mínimo 105mm como armamento principal, ainda de acordo com a consulta.

Também faz parte desse programa de modernização da Força a aquisição dos blindados Centauro II, comprados por R$ 5 bilhões pelo governo federal da Iveco-Oto Melara. O primeiro destes veículos chegou a ficar 40 dias retido na Alemanha, sob a justificativa de ausência de documentação. No final de julho, ele embarcou para o Brasil. A expectativa é que ele chegue no dia 15 de agosto.

Em meados de julho, o Exército também firmou um contrato com a montadora italiana Iveco para a aquisição de 420 viaturas blindadas Guaicurus. A compra custará cerca de R$ 1,4 bilhão do PAC. As viaturas deverão ser entregues ao longo dos próximos 10 anos. "Além das plataformas veiculares, o contrato abarca o serviço de integração do sistema de armas automatizado e de comando e controle", destaca o Exército em nota.

As viaturas vêm equipadas com um sistema de armas controladas remotamente do interior do veículo. Segundo o Exército, o atirador pode detectar alvos a longas distâncias e em condições de baixa visibilidade. Ainda de acordo com a Força, o contrato assinado com a Iveco permitirá "a construção de infraestrutura local no Brasil para a montagem das viaturas, bem como a fabricação de componentes em território nacional".