Israel acusa o Irã de estabelecer uma "frente de terror contra Israel" a partir da Cisjordânia. Autoridades palestinianas relatam várias mortes em ataques com drones.
Deutsch Welle
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) lançaram, esta madrugada, uma operação na Cisjordânia ocupada, para tentar "desmantelar as infraestruturas do terror iraniano-islâmico" nos campos de refugiados de Jenin e Tulkarem, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz.
Várias pessoas foram mortas no ataque israelita desta quarta-feira © Nasser Ishtayeh/SOPA Images/Sipa USA/picture alliance |
Pelo menos dez pessoas foram mortas durante a operação, de acordo com responsáveis palestinianos.
Desde o ataque surpresa de 7 de outubro do grupo islamista Hamas no sul de Israel, mais de 650 palestinianos foram mortos em ataques israelitas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, segundo o Ministério da Saúde da Autoridade Palestiniana.
A imprensa relatou hoje bombardeamentos com drones israelitas. Tanques das IDF teriam ainda cercado o campo de refugiados de Al Fara e os hospitais de Al Isra e Thabet, em Tulkarem, avançou a agência de notícias palestiniana Wafa.
O chefe da diplomacia israelita justificou na rede social X, antigo Twitter, que "o Irão está a trabalhar para estabelecer uma frente de terror oriental contra Israel na Judeia e na Samaria", um termo usado para designar a Cisjordânia.
Israel Katz acusou o Irã "financiar e armar terroristas e contrabandear armas avançadas da Jordânia" para a Cisjordânia.
"Temos de enfrentar esta ameaça com a mesma determinação utilizada contra as infraestruturas terroristas em Gaza, incluindo com a evacuação temporária dos residentes palestinianos e tomando todas as medidas necessárias", escreveu. "Esta é uma guerra e temos de a ganhar", sublinhou.
O líder da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, interrompeu uma visita à Arábia Saudita "para acompanhar a evolução da agressão israelita no norte da Cisjordânia", avançou a agência Wafa.