De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, os diplomatas russos questionaram a contínua militarização da Moldávia e os exercícios conjuntos das forças armadas do país com contingentes dos estados membros da OTAN
TASS
MOSCOU - O encarregado de negócios da Moldávia na Rússia, Alexandru Chetraru, foi convocado ao Ministério das Relações Exteriores da Rússia por causa de relatos da mídia sobre a possibilidade de jatos F-16 transferidos para Kiev serem estacionados em aeródromos na Moldávia, disse o ministério em um comunicado.
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"Em 13 de agosto, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia convocou o encarregado de negócios da Moldávia na Rússia, Alexandru Chetraru", disse o comunicado. "Os diplomatas russos transmitiram ao enviado moldavo séria preocupação com as informações que aparecem na mídia russa e moldava de que os jatos F-16 transferidos pelo Ocidente para o regime de Kiev ficarão estacionados em aeródromos na Moldávia e realizarão surtidas de lá para bombardear o território russo", apontou o ministério.
Segundo o ministério, os diplomatas russos questionaram a contínua militarização da Moldávia e os exercícios conjuntos das forças armadas do país com contingentes dos estados membros da OTAN. Eles apontaram que essas tendências contradizem o status constitucional da neutralidade permanente de Chisinau e suas obrigações sob os documentos da carta da CEI. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia acrescentou que essas ações afetam negativamente o processo de assentamento da Transnístria e "minam a segurança da própria Moldávia, onde vive um número significativo de cidadãos russos".
"Os diplomatas russos instaram o lado moldavo a aderir estritamente ao status neutro, que é a base do Estado da República da Moldávia, e a não tomar nenhuma medida que possa contribuir para a escalada da crise ucraniana, testemunhar o envolvimento de Chisinau nela e exercer uma influência destrutiva na situação em torno da Transnístria, " disse o ministério.
"A declaração do Ministério das Relações Exteriores da Moldávia de 13 de agosto sobre o suposto destacamento ilegal de forças militares russas na Transnístria foi rejeitada como insustentável e inconsistente com a realidade", concluiu o ministério.