A Coreia do Norte disse que a entrada da Alemanha em uma força de monitoramento de fronteiras da Organização das Nações Unidas (ONU) na península coreana aumentaria as tensões, acusando Washington de criar uma versão asiática da Otan, informou a agência de notícias estatal KCNA nesta terça-feira.
Ju-min Park | Reuters
SEUL - A Alemanha, um aliado próximo dos EUA, tornou-se na sexta-feira o mais recente membro do Comando das Nações Unidas, um grupo que ajuda a policiar a fronteira fortemente fortificada entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte e se comprometeu a defender o Sul em caso de guerra.
"Os EUA estão tentando reviver a função do Comando da ONU, que deveria ter sido extinta no século passado. O objetivo é transformar o Comando da ONU na segunda versão asiática da Otan", disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte em um comunicado divulgado pela KCNA.
O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, disse na semana passada que a medida era uma evidência da forte crença de Berlim de que a segurança europeia estava intimamente ligada à segurança na região do Indo-Pacífico.
O ministério norte-coreano disse que a entrada da Alemanha na UNC "inevitavelmente agravará a situação militar e política na península coreana e no resto da região", acrescentando que a Alemanha seria "totalmente responsável" pelas consequências.