O comandante do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica, major-general Hossein Salami, enfatizou a importância de enfrentar os inimigos de "distância zero a grandes profundidades" durante uma cerimônia para a força naval do IRGC, ressaltando a estratégia de defesa marítima do Irã.
Tasnim News
TEERÃ - Em uma cerimônia recente que marcou a adição de 2.654 sistemas de mísseis, guerra eletrônica e drones à força naval do IRGC, o general Salami destacou a importância de manter a capacidade de se envolver com inimigos em distâncias variadas, particularmente no mar.
"Definimos o engajamento de distância zero a grandes profundidades, o que significa que devemos ter a capacidade de enfrentar o inimigo nas linhas e pontos de contato. O mar carece de uma linha de batalha fixa", afirmou Salami.
Ele explicou que o processo de reforço das capacidades defensivas do Irã está enraizado em uma visão estratégica inspirada na revelação divina e na orientação do líder da Revolução Islâmica, aiatolá Seyed Ali Khamenei. Essa abordagem, observou Salami, é essencial para garantir a força e a sobrevivência do Irã em um sistema global dominado por potências imperiais.
Salami enfatizou ainda a necessidade de as nações escolherem entre força e submissão. "Cabe às nações escolher se querem se tornar fortes e viver livre e independentemente, libertando-se do domínio das potências hegemônicas globais, ou escolher o caminho do compromisso, submissão e subserviência."
Destacando a posição estratégica do Irã e seu papel nos assuntos globais, Salami descreveu o mar como uma arena crítica para defender os interesses da nação. Ele enfatizou a necessidade de o Irã fechar o caminho de dominação para seus inimigos e, se necessário, impor sua vontade sobre eles.
"O mar é uma vasta extensão onde todas as potências militares estão presentes sem fronteiras, e é o ponto de encontro de todas as potências", disse ele. Salami ressaltou a importância da guerra naval, observando que o Irã deve ser capaz de enfrentar o inimigo nas profundezas dos mares e oceanos para evitar conflitos em suas fronteiras nacionais.
Ele enfatizou a complexidade da guerra naval, que requer uma combinação harmoniosa de recursos humanos, tecnologia e perspicácia estratégica. Salami também destacou o papel crescente da inteligência artificial nas operações navais, particularmente no direcionamento de precisão e na minimização de baixas humanas.
"Quanto mais inteligentes os sistemas, melhor a escolha da rota e do alvo", concluiu Salami, reafirmando o compromisso do IRGC em melhorar as capacidades de defesa marítima do Irã.