Os ativistas do grupo terrorista Daesh (organização proibida na Rússia e em vários outros países) planejaram cometer atentados durante os eventos de luto pela morte do presidente do Irã, Ebrahim Raisi, e também ao longo das duas rodadas de eleições extraordinárias convocadas no país, informou neste sábado (13) o Ministério da Inteligência iraniano.
Sputnik
"Os terroristas do Daesh, logo após o triste incidente em maio, redobraram seus esforços para se infiltrar no país, cometer atos terroristas nos funerais e nas cerimônias em memória das vítimas, e depois realizar sabotagens durante as duas rodadas eleitorais em todo o país", alegou o ministério.
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Em 19 de maio, o helicóptero em que viajavam o presidente Ebrahim Raisi, o chanceler Hosein Amir Abdolahian e outras personalidades caiu em uma área montanhosa da região de Varzaqan, no nordeste do país. Após as buscas que duraram até o dia seguinte, o vice-presidente do Irã, Mohsen Mansuri, confirmou a morte do político e de seus acompanhantes.
A delegação estava retornando do Azerbaijão, onde Raisi e seu homólogo azeri, Ilham Aliyev, haviam participado na cerimônia de inauguração de uma nova represa no rio Aras, na fronteira com o país.
Apoio em tempos difíceis
"A China e a Rússia sempre apoiaram o Irã em tempos difíceis, e Teerã valoriza muito essa amizade", disse o presidente eleito iraniano Masoud Pezeshkian em artigo intitulado "Minha mensagem ao mundo", publicado no jornal Tehran Times na última sexta-feira (13).
O presidente eleito também chamou a Rússia de "aliado estratégico valorizado" do Irã, acrescentando que sua administração permanecerá comprometida em expandir a cooperação entre Teerã e Moscou.
Em 7 de julho, Pezeshkian venceu o segundo turno das eleições presidenciais antecipadas no Irã, com cerca de 16,4 milhões de votos. Seu concorrente, o representante da ala conservadora Said Jalili, recebeu cerca de 13,5 milhões votos, com participação de 49,8% dos eleitores.