Ministro israelense defende executar prisioneiros palestinos com ‘tiros na cabeça’ (VIDEO)

Itamar Ben-Gvir prometeu alimentação limitada aos reféns encarcerados até que Parlamento aprove uma lei que permita pena de morte


Opera Mundi

Em uma declaração por vídeo neste domingo (30/06), o ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, sugeriu a execução dos prisioneiros palestinos detidos pelos israelenses nas cadeias de ocupação ao afirmar que deveriam todos ser aniquilados com “tiros na cabeça”.

Ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, de extrema direita, defende matar prisioneiros palestinos e promete fornecer “pouca comida” aos encarcerados até a aprovação de uma lei destinada à pena de morte | Twitter/Palestine Online

Ben-Gvir também pediu a aprovação do projeto de lei no Knesset destinado à execução dos prisioneiros, prometendo fornecer o mínimo de alimentos para mantê-los vivos até que a lei fosse promulgada.

“Para a minha surpresa e desgraça, recentemente tive que lidar com questionamentos sobre se os prisioneiros palestinos recebem ou não recebem cestas de frutas. E eu respondo: os prisioneiros palestinos devem ser mortos, levar tiros na cabeça. Nosso projeto de lei para aniquilar os prisioneiros deve ser aprovado na terceira leitura do Knesset (Parlamento israelense). Até lá, daremos o mínimo de recursos para que continuem sobrevivendo. Nada mais”, afirmou o ministro no vídeo.

De acordo com a agência de notícias palestina Wafa, no início de março de 2023, a Assembleia-Geral do Knesset aprovou a leitura preliminar da proposta mencionada por Ben-Gvir.

A lei em questão, que exige mais duas leituras no Parlamento israelense para entrar em vigor, determina que os tribunais imponham a pena de morte a quem “cometer um crime de assassinato motivado por racismo e com a intenção de prejudicar o Estado de Israel”.

Segundo a Comissão de Assuntos dos Prisioneiros e Ex-prisioneiros Palestinos, estima-se que atualmente 9.450 palestinos estejam mantidos em custódia da ocupação israelense.

Morte de Rami al-Halhouli

Em março, Ben Gvir chegou a celebrar a morte do menino palestino de 12 anos, Rami al-Halhouli, assassinado com um tiro na cabeça quando brincava com seu irmão e seus amigos em frente à residência, no campo de refugiados em Shuafat, em Jerusalém Oriental, e pediram que acendesse um fogo-de-artifício.

Um policial israelense posicionado à distância disparou contra Rami, que não resistiu aos ferimentos. Em comunicado, a polícia alegou que o suspeito “colocou em perigo as forças enquanto disparava fogos de artifício aéreos em sua direção”. No entanto, um vídeo que captou o momento do incidente mostrou que o disparo havia sido executado antes mesmo do fogo-de-artifício ser lançado.

Na ocasião, Ben-Gvir classificou o menino Rami como “terrorista” e saudou o policial como um “herói e um guerreiro”, elogiando-o pelo seu “trabalho exemplar” e garantindo o apoio do gabinete ministerial.


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