Conhecida por frequentemente destacar seus navios a milhares de milhas náuticas das próprias costas dos EUA, a guarda costeira norte-americana não gosta quando a situação se inverte.
Sputnik
Esta semana o órgão anunciou ter avistado quatro navios de guerra chineses "transitando em águas internacionais dentro da zona econômica exclusiva dos EUA" ao norte da Passagem Amchitka, nas ilhas Aleutas, e ao norte do Amukta Pass, entre as ilhas Amukta e Seguam.
Os navios teriam passado pela área no último fim de semana, mas os EUA não relataram a passagem deles até ontem (11). Ao serem interceptados, os navios de guerra chineses informaram à guarda costeira dos EUA que estavam na área realizando "operações de liberdade de navegação", frase que o militar dos EUA usa regularmente para enviar navios de guerra a lugares onde não são desejados, como áreas do mar da China Meridional, reivindicadas pela China como território soberano.
"A presença naval chinesa operou de acordo com as regras e normas internacionais", disse a comandante do 17º Distrito da Guarda Costeira, contra-almirante Megan Dean. "Respondemos à presença para garantir que não houvesse interrupções aos interesses dos EUA no ambiente marítimo ao redor do Alasca."
"A presença naval chinesa operou de acordo com as regras e normas internacionais", disse a comandante do 17º Distrito da Guarda Costeira, contra-almirante Megan Dean. "Respondemos à presença para garantir que não houvesse interrupções aos interesses dos EUA no ambiente marítimo ao redor do Alasca."
Parceria China-Rússia
A operação ocorreu poucos dias depois de China e Rússia iniciarem exercícios navais conjuntos em outra parte do Pacífico. Reunindo-se ao sul da Coreia do Sul, os navios russos e chineses navegaram para o sul, iniciando sua quarta patrulha conjunta marítima russo-chinesa na região da Ásia-Pacífico.
Os objetivos da patrulha incluem "reforçar a cooperação naval entre Rússia e China, manter a paz e estabilidade na região da Ásia-Pacífico, monitorar a área marítima e proteger instalações econômicas da Federação da Rússia e da China", de acordo com a Marinha russa.
OTAN também incomodada
A cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), realizada em Washington nesta semana, mencionou em várias ocasiões a China. Na ocasião, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, comentou sobre os exercícios conjuntos entre China e Belarus em Brest, sudoeste de Belarus, na quinta-feira (11), e criticou a China por "se aproximar da OTAN, na Europa, na África, no Ártico e em outros lugares".
A Declaração da Cúpula de Washington mencionou que a China fez críticas ao país por sua "parceria 'sem limites'" com a Rússia, chamando-a de "fator decisivo" na crise na Ucrânia, e rotulando Pequim como um "desafio" aos "interesses, segurança e valores" da aliança.
A missão diplomática da China em Bruxelas afirmou que "a OTAN deveria parar de exagerar na chamada ameaça chinesa, provocando confrontos e rivalidades, e fazer mais para contribuir para a paz e estabilidade mundiais."
A missão enfatizou que a China não criou a crise na Ucrânia e que a OTAN deveria evitar se tornar "o perturbador da paz e estabilidade na região da Ásia-Pacífico".